Real Ordem de Santa Isabel

lote-180_pcv

A Real Ordem de Santa Isabel, também conhecida por Ordem da Rainha Santa Isabel ou Ordem da Rainha Santa, é uma das três Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa e tem como Santa Padroeira a Rainha Isabel de Aragão.

Instituída em nome da Rainha D. Maria I, a 4 de Novembro de 1801, pelo Príncipe Regente D. João (futuro Rei Dom João VI), a Ordem teve como primeira Grã-Mestra a Princesa D. Carlota Joaquina (futura Rainha Consorte) que atribuiu a condecoração numerosas senhoras Portuguesas, Espanholas e Brasileiras entre 1801 e 1830.

Tratando-se da primeira Ordem Portuguesa exclusivamente feminina, o seu objectivo era distinguir Senhoras Católicas, num número limitado de vinte e seis Damas por serviços à Coroa e a obras de Beneficência ou de Solidariedade Social no espírito da Rainha Santa.

Sendo uma Ordem Dinástica da Casa de Bragança e não uma Ordem de Estado, depois de 1910 continuou a ser conferida pelo último Rei de Portugal Dom Manuel II, no exílio, que a conferiu à sua esposa a Rainha D. Augusta Vitória que, a partir de então, passou a partilhar a Grã-Mestria com sua sogra a Rainha Mãe, D. Amélia. Ambas usavam a insígnia de Grã-Mestra mas raramente conferiam a Ordem.

A Ordem foi conferida pela Rainha Dona Amélia à Princesa Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança sua sobrinha, aquando do seu casamento com o Chefe da Casa Real. A mesma passou a ser partilhada pelas Infantas.

Após algumas décadas de inactividade, a Ordem de Santa Isabel passou a ser novamente conferida, a título honorífico, a partir de meados da década de 1980, pelo actual Chefe da Casa Real Portuguesa Dom Duarte Pio, a algumas senhoras, Portuguesas e estrangeiras, que se distinguiram com serviços em prol das comunidades luso-norte-americanas. Algumas das agraciadas, eram luso-americanas, descendentes das fundadoras da Sociedade Portuguesa da Rainha Santa Isabel uma Confraria fundada em Oakland, na Califórnia por D. Rosa Oliveira que ofereceu, no princípio do Século XX, o magnífico vitral representando a Rainha Santa que pode ser admirado na Igreja da Rainha Santa, onde hoje a Ordem tem a sua Sede Canónica.

Depois do casamento com Sua Alteza Real o Duque de Bragança, a 13 de Maio de 1995, a Duquesa de Bragança Dona Isabel, tornou-se 9º Grã-Mestra da Ordem e desde então muito se tem esforçado por restaurar o carácter religioso devocional e sociocaritativo da mesma.

A insígnia da ordem é composta de uma banda cor-de-rosa com lista branca ao centro e um medalhão decorado com uma moldura de rosas em ouro, encimada com a Coroa Real e tendo ao centro em notável trabalho de esmalte, a figura de Santa Isabel de Portugal dando esmola a um pobre (em memória perpétua do celebre Milagre da Rainha Santa), sobrepujando a legenda latina Pauperum Solatio.

Real Ordem de Santa Isabel (1)Em 27 de outubro, a Duquesa de Bragança conferiu a ordem de Santa Isabel a várias senhoras reais, em reconhecimento ao seu trabalho filantrópico.

Homenageados foram a Grã-duquesa Maria Teresa de Luxemburgo, a Princesa Margarita da Roménia, a Princesa Margaretha de Liechtenstein, Princesa Christine de Orleans e Bragança (nascida Princesa de Ligne, esposa do Príncipe Antônio de Orleans e Bragança) e Princesa Eleanora de Ligne (nascida Princesa de Orleans e Bragança e Wittelsbach, esposa de Michel, 14.º Príncipe de Ligne).

A cerimónia foi realizada na Catedral Católica portuguesa de Roma, Itália, seguido por um almoço oferecido na Embaixada de Portugal. Estiveram presentes o Grão-Duque Henri do Luxemburgo, Príncipe Jean de França, Nicholas Príncipe do Liechtenstein, bem como outros membros de casas reais e nobres da Europa.