19 de Outubro de 1889: Morre D. Luís I, rei de Portugal

19 de Outubro de 1889: Morre D. Luís I, rei de Portugal

D. Luís I nasceu no Palácio das Necessidades, a 31 de Outubro de 1838, tendo recebido o nome de Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando, e morreu na Cidadela de Cascais, a 19 de Outubro de 1889, tendo sido sepultado no Panteão Real de S. Vicente de Fora). Casou em Lisboa a 6 de Outubro de 1862 com a princesa Maria Pia de Sabóia (n. em Turim, a 16 de Outubro de 1847; f. no Castelo de Stupinigi, no Piemonte, a 5 de Julho de 1911; sepultada na Basílica de Superga, na Itália), filha do rei Vítor Manuel II da Sardenha e de sua mulher a arquiduquesa Maria Adelaide.

Filho segundo de D. Maria II (1819-1853) e de D. Fernando III (1816-1885). Assumiu o governo a 14 de Outubro de 1861 e foi aclamado rei a 22 de Dezembro desse mesmo ano. Era primorosamente educado, com temperamento de literato e artista. Embora tivesse dominado a paz no reinado, houve um levantamento de tropas, em 1862 e em finais de 1867 o movimento da Janeirinha e em 19 de Maio de 1870, o duque de Saldanha impôs a demissão do governo, e passou a assumir a presidência do novo ministério.

Em 1865-1866 a vida mental foi sacudida pela Questão Coimbrã e em 1871 surgiu a iniciativa das Conferências Democráticas do Casino. Realizam-se as viagens ao interior da África, o major Serpa Pinto de Benguela ao Bié, Zambeze e chegou às cataratas de Vitória. Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens exploraram o sertão de Benguela e atravessaram a África de Luanda a Tete.

A partir de 1876 o Partido Progressista aspira a articular o Estado segundo a teoria liberal, propondo a reforma da Carta, a descentralização administrativa, a fidedignidade e ampliação do sufrágio eleitoral, a reorganização do poder judicial e da contabilidade pública. Em 1877 demitiu-se o ministério regenerador de Fontes Pereira de Melo e voltou a ser reintegrado. Posteriormente os progressistas atacaram o rei, acusando-o de patrocinar os regeneradores (Emídio Navarro, no Progresso, Joaquim Martins de Carvalho, no Conimbricense). O ministério regenerador caiu, em 1879, e D. Luís chamou os progressistas a formar governo. O republicanismo evoluíra também e em 1878 toma lugar na Câmara o primeiro deputado republicano, Rodrigues de Freitas, eleito pelo Porto. Em 1880 o Partido Republicano era uma realidade e uma força.


O reinado de D. Luís assinalou-se materialmente pelo progresso, socialmente pela paz e pelos sentimentos de convivência e politicamente pelo respeito pelas liberdades públicas, intelectualmente por uma geração notável (Eça de Queiroz, Antero de Quental, etc.).

A Marinha mais antiga do mundo tem 707 anos e é portuguesa!

A Marinha mais antiga do mundo tem 707 anos e é portuguesa!

Os 707 anos de Marinha também representam os feitos de um povo ligado ao mar…

Portugal é um país com uma história tão rica quanto longa. É um orgulho saber que em Portugal está presente a Marinha mais antiga do mundo. O nosso país é considerado atualmente como um destino turístico de eleição por diversos viajantes de todo o mundo. Portugal é um país com uma riqueza natural verdadeiramente fascinante.

No nosso país há também um património impressionante, existindo uma grande diversidade de monumentos. A riqueza do país é tão vasta como longa é a sua história. Por exemplo, ter no país a “Marinha mais antiga do mundo” é mais uma prova de que Portugal tem uma história tão rica quanto longa.

A origem de Portugal 

Desde a constituição do Condado Portucalense e a posterior independência do Reino de Portugal que a nossa história tem vindo a colecionar vários momentos marcantes. No ano de 1139 ocorreu a Batalha de Ourique e em 1140 o Conde Afonso Henriques passa a usar o título de Rei dos portugueses.

Contudo, foi no dia 5 de outubro de 1143 que D. Afonso Henriques assina com Afonso VII de Leão e Castela o Tratado de Zamora, documento que reconhece a soberania portuguesa. No dia 23 de maio de 1179 a independência de Portugal foi outorgada pelo Papa Alexandre III, definitivamente, com a Bula pontifícia Manifestis Probatum. Desde esse momento muito foi realizado pelos portugueses, muitos feitos distinguiram-nos dos restantes povos.

A prova

É portuguesa a “Marinha mais antiga do mundo” conta com 707 anos. A assinatura de contrato é feita no século XIV. A Marinha refere sobre a data em questão: “em 1317, é vista como o registo e a data da criação formal da Marinha, conferindo-lhe um carácter permanente”.

Um país ligado ao mar

Portugal tem uma história repleta de episódios ligados ao mar. A “Era dos descobrimentos” é referida pelos historiadores como um momento de grande relevância no mundo, tendo decorrido entre os séculos XV e XVI. Neste momento histórico foram realizadas explorações marítimas pioneiras quer por portugueses, quer por espanhóis. O globo terrestre foi intensamente explorado, primeiro pelos portugueses, depois pelos espanhóis.

Os exploradores foram em busca de novas rotas de comércio. Assim, foram estabelecidas relações com a África, América e Ásia. Os descobrimentos portugueses foram realizados entre 1415 e 1543, neste período foram realizadas um conjunto de conquistas pelos portugueses em viagens e explorações marítimas.

A publicação

A Marinha é um ramo das Forças Armadas e tem uma história fascinante. Recentemente, a Marinha fez questão de recordar um pouco da sua história como forma de enaltecer os seus 707 anos de existência.

No post partilhado na rede social Facebook é possível ler a mensagem da Marinha, que começa da seguinte forma: “No dia 1 de fevereiro de 1317, há precisamente 707 anos, foi celebrado o acordo entre o rei D. Dinis e o genovês Manuel Pessanha para este servir a Armada Portuguesa”.

A Marinha

Na mesma publicação a Marinha tem a oportunidade de aprofundar detalhes sobre a sua história, tendo referido: “existe desde o nascimento do País, há quase novecentos anos, onde, ao longo da sua história, se registam ações de defesa e de proteção desde o início da nacionalidade”.

No entanto, a Marinha faz questão de recordar o episódio que a torna na Marinha mais antiga do planeta, referindo: “a assinatura deste contrato, em 1317, é vista como o registo e a data da criação formal da Marinha, conferindo-lhe um carácter permanente”. É desta forma (“Por esse motivo”) que se pode concluir que a Marinha Portuguesa “é considerada a mais antiga do mundo”.

Conclusão

A Marinha mais antiga do mundo, pois conta com 706 anos. Um contrato foi assinado no ano de 1317, precisamente no dia 1 de fevereiro desse ano. O acordo celebrado entre o rei D. Dinis e o genovês Manuel Pessanha implicou que este realizasse uma função, servir a Armada Portuguesa.

Apesar da Marinha existir desde o momento do nascimento do País, isto é, há quase novecentos anos. Contudo, a relevância deste contrato assinado em 1317, funciona como uma oficialização. Pois o carácter permanente é realizado com a assinatura do contrato, que é visto como o registo e a data da criação formal da Marinha, conferindo à Marinha portuguesa um estatuto especial, tornando-a na mais antiga do mundo.

Os 707 anos de Marinha representam os feitos de um povo ligado ao mar… Parabéns a todos os portugueses!

Por Márcio Magalhães

A gratidão de uma princesa à Rainha do Brasil

A Princesa Isabel não conseguia engravidar e fez uma súplica a Nossa Senhora Aparecida

Nesta semana celebramos a solenidade de Nossa Senhora Aparecida, e a cada ano temos uma nova oportunidade de vivenciarmos essa data relembrando o amor de Deus a nós, brasileiros, que nos deu esse presente, sua Mãe como nossa Padroeira.

Ao nos aprofundarmos nas riquezas dos detalhes da história de Nossa Senhora Aparecida, nos dobramos em veneração à Mãe do Brasil e em profunda adoração a Jesus, Nosso Salvador.

Em outubro de 1717, a Imagem foi encontrada por João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, no rio Paraíba do Sul. Acharam primeiro o corpo e, depois, a cabeça da imagem. Após esse encontro, os três humildes e benditos pescadores foram recompensados com uma prodigiosa pescaria. A imagem foi levada para a casa de um dos pescadores, onde ali se reuniam para rezar a Virgem Maria. O tempo passou e muitos milagres foram atendidos, a devoção só crescia em toda a cidade. 

Um fato muito interessante da história, é que a Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, tinha muitas dificuldades para engravidar e sendo muito católica e devota a Nossa Senhora de Aparecida, fez sua súplica a Aparecida e ofertou o manto com 21 brilhantes, que presentavam as províncias e a Capital do Brasil. Anos depois, em 1884, retornou ao Santuário para agradecer a graça recebida. Feliz, foi acompanhada do esposo e seus três filhos, os príncipes D. Pedro, D. Luís e D. Antônio.

Após a abolição da escravatura no país, em uma das viagens da corte real, a Princesa Isabel sofreu retaliações pelo seu ato e foi até a Basílica de Nossa Senhora Aparecida e lhe ofereceu a réplica da coroa real em miniatura, com um bilhete especial:

“Eu, diante de Vós, sou uma Princesa da terra e me curvo, pois és a Rainha do Céu e Te dou tão pobre presente que é uma coroa que seria igual à minha, e se eu não me sentar no Trono do Brasil, rogo que a Senhora se sente nele por mim e governe perpetuamente o Brasil”. (Princesa Isabel).

Já em 1904, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi coroada com a réplica oferecida por Isabel, após um decreto do Papa Pio X. Em uma celebração solene em praça pública, a santa passou a ser considerada a Rainha do Brasil.

18 de Setembro de 1834 – Decretada pelas Cortes a maioridade da rainha D. Maria II, com a idade de 15 anos.

18 de Setembro de 1834 – Decretada pelas Cortes a maioridade da rainha D. Maria II, com a idade de 15 anos.

Passam hoje 189 anos da mensagem do Regente D. Pedro, dirigida à Câmara dos Deputados, no dia que hoje evocamos, a participar que, por doença, se encontra inibido “de tomar conhecimento dos negócios políticos” (integrada no parecer n.º 24-A, da mesma data, da Comissão Especial), propondo assim que a Rainha D. Maria II seja declarada maior de idade.

No dia seguinte a rainha preside, pela primeira vez, em Queluz, ao Conselho de Ministros.

Na imagem, a mensagem que se encontra no Arquivo Histórico Parlamentar (AHP, Secção VI, cx. 159, mç. 15, capa 1, doc. 1).

17 de Setembro de 1665 – Morte de Filipe IV de Espanha, III de Portugal, em Madrid.

17 de Setembro de 1665 – Morte de Filipe IV de Espanha, III de Portugal, em Madrid.

Vigésimo rei de Portugal. Filho de Filipe III e de D. Margarida de Áustria subiu ao trono a 31 de Março de 1621. Em Portugal o seu reinado vai durar dezanove anos (1621-1640).

Foi durante o seu reinado que os holandeses conquistaram a Baía, em 1624, e Pernambuco, em 1630.

Na imagem, quadro sobre a morte de Filipe IV de Espanha, III de Portugal, atribuído a Pedro de Villafranca.

16 de Setembro de 1473 – Contrato do casamento de D. Leonor com D. João II.

16 de Setembro de 1473 – Contrato do casamento de D. Leonor com o seu primo, o Infante D. João, futuro rei D. João II.

Este casamento foi negociado ainda em vida do pai de D. Leonor. Ela pertencia à mais alta nobreza da época, era filha dos infantes D. Fernando e D. Beatriz, neta materna do infante D. João, filho legítimo de D. João I e da infanta D. Isabel, e neta paterna do rei D. Duarte e da rainha D. Leonor de Aragão.

Na imagem, título do contrato que consta do acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. (ANTT, Gaveta 17, maço 1, doc. 12, fl. 1-4v).

13 de Setembro de 1598 – Morte do Rei Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal)

13 de Setembro de 1598 – Morte do Rei Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal), sucedendo-lhe Filipe III (Filipe II de Portugal).

Rei de Espanha desde 1556, filho do imperador Carlos V e de D. Isabel de Portugal, foi aclamado rei de Portugal nas Cortes de Tomar, em 1581, estabelecendo uma monarquia dual (um rei, duas coroas). Filipe I prometeu que manteria a independência de Portugal quanto aos costumes, leis, liberdades, moeda e como língua oficial o português, condições que inicialmente cumpriu.

Na imagem, gravura da morte de Filipe II de Espanha.

12 de Setembro de 1383 – Primeira menção num diploma régio ao “Corpo de Quadrilheiros” de Lisboa

12 de Setembro de 1383 – Primeira menção num diploma régio ao “Corpo de Quadrilheiros” de Lisboa.

Os quadrilheiros foram o primeiro corpo de agentes policiais em Portugal. No diploma do rei D. Fernando, datado deste dia, faz-se referência a este corpo policial, destacando-se a necessidade destes homens acudirem de forma imediata aos tumultos na cidade, devendo para tal, manter sempre as suas armas à porta de casa, para uma rápida diligência.

Na imagem, pormenor do quadro “Chafariz d’El Rei”, onde se pode ver dois quadrilheiros a exercerem a sua autoridade em Lisboa.

3 de Setembro de 1384 – Fim do Cerco de Lisboa pelo exército castelhano.

3 de Setembro de 1384 – Fim do Cerco de Lisboa pelo exército castelhano.

Passam hoje 639 anos.

Esta retirada das forças castelhanas, algo precipitada devido à peste, foi retratada pelo pintor Constantino Álvaro Sobral Fernandes.

Na imagem, a pintura de Sobral Fernandes onde se pode ver representada a peste, uma espécie de anjo da morte, que no lugar das asas tem uma enorme cabeleira cinzenta com laivos azulados, que se confunde com as vestes, planando sobre o exército castelhano. O rei D. Juan I apresenta um semblante carregado, pela frustração de não ter conseguido a capitulação da cidade.

21 de Agosto de 1522 – É assinado o Tratado de Sunda Kalapa entre o Reino de Sunda (actual Indonésia) e o Reino de Portugal.

21 de Agosto de 1522 – É assinado o Tratado de Sunda Kalapa entre o Reino de Sunda (actual Indonésia) e o Reino de Portugal, com vista a uma aliança militar e construção de um forte, que não seria realizado, assinalado com um padrão de pedra, conhecido como o Padrão Luso Sundanês.

Passam hoje 501 anos.

Na imagem, Padrão de Sunda Kalapa, que assinala o Tratado luso-sundanês de 1522 (acervo do Museu Nacional da Indonésia, em Jacarta).