8 de Dezembro de 1380 – Carta de privilégios dada pelo rei D. Fernando I aos mercadores e moradores de Lisboa e do Porto.
Passam hoje 642 anos deste diploma que procura proteger e desenvolver o comércio e a marinha e que se insere numa política protecionista iniciada já com o rei D. Dinis com a criação da bolsa dos mercadores, em 1293 (Porto, AHM – TG-c 0003 (Livro Grande), fl. 43v.).
Na imagem, pintura que ilustra mercadores a carregarem mercadorias nos seus navios.
A 7 de Dezembro do ano de 1920, faleceu o 12.º Cardeal-Patriarca de Lisboa D. Frei José Sebastião Neto.
D. José III (1841-1920), nasceu em Lagos e era atraído pela espiritualidade franciscana. Antes de ser nomeado patriarca fora bispo de Angola e do Congo, cujos territórios procurou desenvolver.
Enquanto patriarca criou o Seminário Menor, que funcionou no Mosteiro de São Vicente de Fora. Em 1907, a seu pedido, torna-se patriarca emérito, recolhendo-se no Convento do Varatojo. Após a Implantação da República, em 1910, é enviado para o exílio, para Espanha e lá passa o resto da sua vida.
Durante a sua vida presidiu ainda ao casamento de D. Carlos e de D. Amélia na Igreja de São Domingos em 1886 e também ao casamento de D. Manuel II e de D. Augusta Vitória no Castelo de Sigmaringen, em 1913.
Faleceu em Vilarinho no dia 7 de Dezembro de 1920, sendo realizadas as suas exéquias em Tui, onde foi inicialmente sepultado. Em 1928 foi novamente exumado, e solenemente trasladado para o Panteão dos Patriarcas de Lisboa, no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde jaz desde então.
📸 Rei D. Manuel II acompanhado pelo Cardeal-Patriarca D. José Neto.
7 de Dezembro de 1667 – Morre, assassinado, Francisco de Melo e Torres, Marquês de Sande. Diplomata e militar da Restauração foi Governador de Olivença. Após a morte de D. João IV foi chamado, pela regente D. Luísa de Gusmão, para a carreira diplomática tendo sido embaixador na corte de Inglaterra e de Versalhes. Foi-lhe depois conferido o título de Conde da Ponte. Passam hoje 355 anos do dia em que ao regressar da Capela Real à sua residência, este ilustre diplomata foi cruelmente assassinado, episódio que nunca foi inteiramente esclarecido. Na imagem, Ex-Libris do “Marquês de Sande”.
Faz hoje 837 anos que desapareceu fisicamente um bravo Cavaleiro cuja memória heróica haveria de permanecer viva para além da voragem dos séculos e de todos os regimes que se lhe seguiriam,
El-Rey D. Affonso Anriques, Primus Rex Portugalensis, Pater Patris, fundador desta Pátria Portuguesa, falecido na cidade de Coimbra aos seis dias de Dezembro do Anno Domini Nostri Iesu Christi 1185.
6 de Dezembro de 1383 – D. João, Mestre de Aviz, apunhala o Conde de Andeiro, favorito da rainha Leonor Telles.
O facto marca o início da revolução popular pela soberania portuguesa (1383-85).
Na primeira parte da “Crónica de El-Rei D. João I de Boa Memória”, Fernão Lopes relata que “era o Mestre, quando matou o conde, em idade de vinte e cinco anos e andava em vinte e seis . E foi morto, seis dias de Dezembro”.
Na imagem, quadro de José de Sousa Azevedo que retrata a morte do Conde de Andeiro (Museu Nacional de Soares dos Reis).
5 de Dezembro de 1496 – Decreto de expulsão dos judeus pelo Rei D. Manuel I, com prazo até Outubro do ano seguinte.
Em Novembro desse ano D. Manuel casara com D. Isabel, filha dos reis Católicos e, logo no mês seguinte ordenou, no dia que hoje evocamos, passam 526 anos, a expulsão dos judeus (e dos mouros), que assim ficavam obrigados a sair do país até finais de Outubro do ano seguinte.
Esta decisão foi tomada pelo rei D. Manuel na sequência de uma política de unidade religiosa imposta pelos Reis Católicos de Espanha que já tinham expulso os judeus pelo Decreto de Alhambra, a 31 de março de 1492, após a conquista de Granada.
Na imagem, D. Manuel I, Rei de Portugal (1469-1521), numa iluminura de 1534.
O VII Duque de Viseu, o irmão mais novo do Duque de Bragança, nasceu a 3 de Dezembro de 1946 em Berna Suíça, é actualmente presidente da Real Comissão de Portugal da Sacra e Militar Ordem Constantiniana de S. Jorge tendo presidido a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem de Malta.
No dia 1 de Dezembro de 1640, dá-se a Restauração da Independência de Portugal em relação ao Reino de Espanha, terminando assim o período de 60 anos em que Portugal, foi governado pela dinastia de origem austríaca dos Habsburgos, com o fim do reinado de D. Filipe III (conhecido como Felipe IV em Espanha).
Como antecedentes da Revolução do 1.º de Dezembro de 1640, há a salientar que “Os Conjurados”, um grupo de 40 portugueses, membros da aristocracia do País, se organizou de forma a preparar um plano de libertação de Portugal. Assegurados do apoio popular e de grande parte da aristocracia portuguesa, os Conjurados dirigem-se ao Paço da Ribeira, aniquilam o secretário de Estado, o traidor Miguel de Vasconcelos (1590-1640) e intimam a Duquesa de Mântua (1589-1655), Vice-rainha de Portugal, a renunciar ao poder, proclamando a Independência de Portugal e aclamando João, Duque de Bragança, como rei D. João IV de Portugal (1604-1656), com o cognome de “O Restaurador”, iniciando assim a quarta e última dinastia real, a Dinastia de Bragança.
COROAÇÃO DE D. JOÃO IV (1908). Quadro de Veloso Salgado (1864-1945).
1 de Dezembro de 1822 – Coroação de D. Pedro, filho de D. João VI, no Brasil, como Imperador do Brasil.
D. Pedro IV, O Libertador, foi o primeiro imperador do Brasil.
Passam hoje 200 anos. Foi na sequência da Revolução de 1820, em Portugal, que as Cortes determinam o seu regresso à metrópole, mas D. Pedro recusa-se a embarcar para a Europa.
Como líder do movimento independentista decide proclamar junto às margens do rio Ipiranga a independência do Brasil, a 7 de Setembro, sendo depois proclamado imperador do Brasil.
Na imagem, a coroação de D. Pedro I do Brasil, por Jean-Baptiste Debret
30 de Novembro de 1807 – 1ª Invasão Francesa com a entrada do exército francês em Lisboa, pelas portas de Arroios, sob o comando do General Junot.
O General Junot, acompanhado de uma escolta francesa a cavalo e outra da Guarda Real da Polícia, manda afixar um edital antes de entrar no Palácio do Barão de Quintela, na Rua do Alecrim. Nesse edital promete protecção face a Inglaterra.
Na imagem, gravura francesa com a legenda “La veritable entre des proteteurs en Lisbonne le 30 de Novembre 1807”.