MORTE DE DONA FILIPA DE LENCASTRE

MORTE DE DONA FILIPA DE LENCASTRE

A 19 de julho de 1415, morre, em Odivelas, vitimada pela peste bubónica, a rainha D. Filipa de Lencastre, esposa de D. João I e mãe da Ínclita Geração.

Nascida em Leicester, na Inglaterra, em março de 1360, foi batizada como Philippa of Lancaster.

Era filha de João de Gante, 1.º Duque de Lencastre e de sua mulher Branca de Lencastre.

O casamento com D. João I, Mestre de Avis e primeiro rei da segunda dinastia portuguesa, ocorreu na cidade do Porto, em 1387.

Este enlace foi acordado no âmbito da Aliança Luso-Inglesa contra o eixo França-Castela.

Fernão Lopes na Crónica de el-rei D. João I, atribui a esta rainha uma generosidade extrema que em muito contribuiu para a estima que o povo por ela nutria. Retrata-a, ainda, como possuidora de uma cultura muito acima da média, tendo introduzido bons costumes na corte portuguesa, incluindo boas maneiras à mesa.

Todos os seus filhos que chegaram à idade adulta (Ínclita Geração) ficaram conhecidos na Europa pela instrução esmerada que esta lhes transmitiu:

Infante D. Duarte (1391-1438), rei de Portugal (1433-1438)

Pedro, Duque de Coimbra (1392-1449), muito viajado, ficou conhecido como Príncipe das Sete Partidas. Considerado o príncipe mais culto da sua época, foi regente de Afonso V de Portugal, tendo falecido em combate na Batalha de Alfarrobeira.

Henrique, Duque de Viseu (1394-1460). Conhecido como Henrique, O Navegador, foi o impulsionador dos Descobrimentos portugueses.

Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha (1397-1471), Casou-se com Filipe III, Duque da Borgonha. Em nome do marido, atuou como a verdadeira governante daquela província francesa.

João, Infante de Portugal (1400-1442), mestre da Ordem de Santiago e condestável de Portugal (1431-1442). Foi avô da rainha Isabel de Castela e do rei Manuel I de Portugal.

Fernando, o Infante Santo (1402-1433). Foi feito prisioneiro pelos muçulmanos tendo morrido cativo em Fez, devido à recusa do Infante D. Henrique em devolver Ceuta.

Faleceu uns dias antes da partida da expedição portuguesa a Ceuta, estando sepultada na Capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha.