21 de Fevereiro de 1720: Dom João V cria a Capitania de Minas, no Brasil.

21 de Fevereiro de 1720 – Dom João V anuncia a decisão da Coroa Portuguesa criar a Capitania de Minas, no Brasil.

Passam hoje 303 anos da carta na qual o rei declara que tenciona criar um novo Governo em S. Paulo separado do de Minas. Em Dezembro desse ano promulga o alvará onde especifica a delimitação do território, a organização administrativa e as questões jurídicas.

Na imagem, a carta de 21 de Fevereiro de 1720, pertencente ao espólio da Biblioteca Nacional de Portugal.

19 de Fevereiro de 1445: Morte de D. Leonor de Aragão, Rainha de Portugal.

19 de Fevereiro de 1445 – Morte de D. Leonor de Aragão, Rainha de Portugal.

Passam hoje 578 anos da morte da chamada “rainha triste”. Filha de Fernando I, rei de Aragão, e da Sicília, casou com o infante D. Duarte, em 22 de Setembro de 1428, na cidade de Coimbra. Veio a tornar-se rainha de Portugal em 1433, após a morte do seu sogro, D João I.

Cinco anos depois deu-se a morte prematura do seu marido, em 1438, ficando, ainda que por pouco tempo com a regência do Reino, assinando então os actos régios com a expressão “a triste Raynha”. Um ano depois foi obrigada a deixar o reino de Portugal, deixando a regência do reino ao Infante D. Pedro, refugiando-se em Castela, onde acabará por falecer, em circunstâncias suspeitas, na cidade de Toledo.

Na imagem, iluminura de Leonor de Aragão na Genealogia dos Reis de Portugal.

16 de Fevereiro de 1279: Morte de D. Afonso III.

16 de Fevereiro de 1279 – Morte de D. Afonso III.

Passam hoje 744 anos da morte deste rei, cognominado “O Bolonhês” por haver sido casado com a Condessa de Bolonha. Preocupado com o desenvolvimento territorial do reino foi no seu governo que se conquistaram os territórios a sul, tendo fundado diversas povoações e concedido numerosos forais. Realizou, também, as inquirições gerais, em 1258, procurando com esta medida reforçar e centralizar o poder real.

Na imagem, o livro das Inquirições Gerais de 1258, mandadas realizar por D. Afonso III.

14 de Fevereiro de 1630: Segunda invasão Holandesa no Brasil.

14 de Fevereiro de 1630 – Segunda invasão Holandesa no Brasil.

Em 14 de Fevereiro de 1630 vários navios holandeses chegam ao litoral pernambucano.

Passam hoje 393 anos do dia em que junto ao Forte de Nossa Senhora dos Prazeres do Pau Amarelo, a cerca de dezasseis quilómetros ao norte do centro histórico de Olinda, no litoral do Estado de Pernambuco, fundeou a esquadra da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais.

No dia seguinte, desembarcou uma força de sete mil duzentos e oitenta homens, sob o comando do Coronel Diederick van Waerdenburch, que marchou por terra e conquistou Olinda e Recife.

Na imagem, o Forte de Nossa Senhora dos Prazeres do Pau Amarelo.

13 de Fevereiro de 1912: O Último Imperador da China abdica do poder.

13 de Fevereiro de 1912: O Último Imperador da China abdica do poder.

Pu Yi, 12° imperador da dinastia Qing e último imperador da China, de 1908 a 1912, quando foi forçado a abdicar, pela república proclamada em fevereiro de 1912. O imperador fica exilado na embaixada do Japão até 1934, onde é restaurado ao trono como fantoche dos japoneses até 1945. Quando a Segunda Guerra Mundial termina, o monarca é capturado pelos soviéticos e mandado para a Sibéria, onde é entregue aos comunistas chineses somente em 1950. Com a autorização do presidente Mao, a partir de 1959, ele começa a trabalhar como jardineiro e bibliotecário. O imperador faleceu em 1967, esquecido, sem deixar descendentes.

O último representante da China pré regime comunista, encabeçou por poucos anos uma linhagem de séculos de dinastias de um dos países mais antigos do mundo. Para se ter uma idéia, 3.000 anos A.c, o Imperador Shen Nung já havia escrito sobre o uso medicinal e recreativo da Cannabis e homeopatia. O isolamento da China ao longo do tempo guardou imensuráveis registros sobre os mais diversos temas.

8 de Fevereiro de 1908: Funeral de D. Carlos e D. Luís Filipe

8 de Fevereiro de 1908 | Funeral de D. Carlos e D. Luís Filipe

O atentado à família real a 1 de Fevereiro de 1908 vitimou o rei D. Carlos e o Príncipe D. Luís Filipe, cujas mortes foram declaradas pelos médicos reais, momentos depois ainda na Rua do Arsenal. Ambos haviam sido atingidos por duas balas: D. Carlos, atingido por trás, na nuca e no tórax e D. Luís Filipe no tórax e no rosto.

Os corpos foram levados para o Palácio das Necessidades onde, conforme a tradição, foram embalsamados. O processo revelou-se mais moroso devido aos ferimentos, e apenas foi concluído no dia 3. Na Capela do Palácio das Necessidades as vítimas do regicídio foram veladas, em caixões com tampo de cristal, até ao dia 8, quando foram levados para serem sepultados no Mosteiro de São Vicente de Fora, no Panteão Real da Dinastia de Bragança.

No solene cortejo fúnebre participaram várias figuras representantes de diferentes nações, diplomatas, nobreza portuguesa, cavalaria, Alabardeiros do Real Corpo de Archeiros, entre outros, e o povo que assistia nas ruas e às janelas. No Coche Real, seguiam enlutados D. Manuel II e a rainha-viúva D. Amélia.

Chegados defronte da Igreja de São Vicente de Fora, coberta de veludo negro, os caixões foram retirados dos coches e levados para a capela-mor, onde se deram as cerimónias fúnebres e missa de Requiem. Durante dois dias, as urnas permaneceram na Igreja para a última homenagem e despedida, até ao dia 10 de Fevereiro, em que foram colocados no Panteão Real da Dinastia de Bragança, dentro do Mosteiro.

8 de fevereiro de 1634: nasceu em Vila Viçosa, D. Teodósio de Bragança, filho primogénito do então duque de Bragança D. João (II) e D. Luísa de Gusmão.

Em 8 de fevereiro, no ano de 1634, nasceu em Vila Viçosa, D. Teodósio de Bragança, filho primogénito do então duque de Bragança D. João (II) e D. Luísa de Gusmão.

Com a Restauração da Independência em 1640 e a subida ao trono do pai como D. João IV, D. Teodósio passou a ser príncipe real. Em 1645 recebeu o título de 1.º Príncipe do Brasil, título especialmente criado para si pelo rei.

Sendo o herdeiro ao trono, recebeu uma educação esmerada, na qual participou também Padre António Vieira. Sabia grego e latim, interessava-se por filosofia e astrologia e era dotado nas artes, como a pintura e a música, à semelhança do seu pai. Para além disso, recebeu a educação militar que convinha a um príncipe.

Em 1651, em plena guerra da Restauração da Independência, quando os soldados portugueses lutavam na fronteira para impedir a invasão espanhola, D. Teodósio decide, à revelia dos seus pais, ir ao Alentejo para dar apoio moral às tropas e ao povo que sofria com a guerra. No regresso acabou por ser nomeado capitão-general das armas do Reino. Terá sido essa irreverente viagem que afetou a sua saúde. Contraiu tuberculose pulmonar que o vitimou com apenas 19 anos, em 1653. A sua preocupação, na hora da morte, foi serenar os pais.

Portugal perdera o seu herdeiro e “ganhou” uma maldição, a dos Bragança, que segundo a lenda vitimaria sempre o primogénito desta dinastia. D. Teodósio foi o primeiro de muitos primogénitos Bragança a falecer precocemente.

Foi sepultado inicialmente no Mosteiro dos Jerónimos e posteriormente, foi trasladado para o Mosteiro de São Vicente de Fora.

5 de Fevereiro de 1644: Partida de Lisboa da Embaixada de Gonçalo Sequeira de Sousa, com o propósito de reatar as relações entre Portugal e o Japão.

5 de Fevereiro de 1644 – Partida de Lisboa da Embaixada de Gonçalo Sequeira de Sousa, a mando do rei D. João IV, com o propósito de reatar as relações entre Portugal e o Japão.

Passam hoje 379 anos. Para o efeito foram aparelhados dois galeões, o Santo André e o Santo António de Aveiro (este último nunca chegou ao destino).

Depois de muitas vicissitudes, o Embaixador Gonçalo Sequeira de Sousa, fidalgo da Casa Real e Comendador da Ordem de Cristo, chega, em finais de Maio de 1645, à cidade de Macau, na China. A 8 de Julho de 1647, três anos depois da sua partida de Lisboa, parte finalmente para o Japão no Galeão Santo André e num novo galeão trazido expressamente de Goa, o São João Baptista, chegando a Nagasaqui a 26 de Julho de 1647.

A sua missão não será bem sucedida, tendo, a 4 de Setembro, os seus navios sido rebocados para fora do porto pelos japoneses, sem a desejada reabertura de relações entre Portugal e o Japão. Esta só viria acontecer dois séculos depois, com o Tratado de Paz, Amizade e Comércio pelo Rei D. Pedro V e o Imperador do Japão (1860).

Na imagem, dois pares de biombos namban, onde podemos ver o encontro de civilizações ocorrido nos séculos XVI e XVII aquando da presença portuguesa no Japão (MNAA).

3 de Fevereiro de 1509: Batalha Naval de Diu

A Batalha Naval de Diu aconteceu há 514 anos

No dia 3 de fevereiro de 1509 deu-se o confronto naval ao largo de Diu, no Norte da Índia, que opôs a Armada Portuguesa, sob o comando do Vice-Rei da Índia, D. Francisco de Almeida, a uma frota Egípcia, Guzerate e Otomana.

A Batalha Naval de Diu foi, ao nível tático, uma batalha decisiva, na qual um dos contendores perde todo o seu poder naval, tendo sido uma das mais emblemáticas da História da Marinha Portuguesa. A esquadra portuguesa não perdeu nenhum navio e afundou 4 naus inimigas, capturou outras 6 e 2 galés, tendo afundado um elevado número de fustas e paraus.

Em termos estratégicos, esta batalha representou o domínio absoluto do Índico pelos portugueses durante cerca de 30 anos, pois só em 1538 voltou a ser verdadeiramente posta em causa a presença portuguesa naquele oceano, pelo Império Otomano.

3 de Fevereiro de 1488: Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas, depois chamado da Boa Esperança.

A 3 de Fevereiro de 1488, Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas, depois chamado da Boa Esperança.

Bartolomeu Dias terá nascido cerca de 1450 e faleceu a 29 de Maio de 1500.

O navegador português, ao serviço de D. João II, dobrou o Cabo Tormentoso ou das Tormentas, local que a partir de então passaria a ser conhecido por Cabo da Boa Esperança numa clara alusão ao facto de este ser o ponto de partida para se alcançar o oceano Índico a partir do oceano Atlântico e a todas as possibilidades, económicas e expansionistas, que isto encerrava na época.
A Bartolomeu Dias foi-lhe encomendada esta importante missão acima de tudo porque era um homem com um nível de formação que garantiam ao monarca uma percentagem bastante grande de possível êxito.

Assim, em finais de Agosto de 1487, Bartolomeu Dias larga de Lisboa ao mando de três embarcações, com rumo traçado em direcção ao Tormentoso com o objectivo de encontrar a tão ansiada passagem marítima para a Índia, afinal o propósito último que leva dom João II a empreender esta empresa.

A viagem, tal como Bartolomeu Dias teria oportunidade de relatar na primeira pessoa ao seu soberano, estaria cheia de sobressaltos e dificuldades, tornando a tarefa mais complicada do que se julgaria a princípio.

Finalmente, em 3 de Fevereiro de 1488, passados quase 6 meses desde a partida de Lisboa, a expedição alcança o seu objectivo.
Conta-se que, antes do regresso a casa, Bartolomeu Dias, observando por última vez o famoso cabo que tinha conseguido “dobrar”, terá dito “Tormentoso, mas porquê, se a tormenta já lá vai? Assinalas o caminho para a Índia, por isso vou chamar-te da Boa Esperança…”.