19 de Janeiro de 1919: a Monarquia é proclamada no Porto, por Paiva Couceiro.

A 19 de Janeiro de 1919 a Monarquia é proclamada no Porto, por Paiva Couceiro, que organiza uma Junta Governativa.

Faz hoje precisamente 104 anos que na cidade do Porto eclodiu um movimento contra-revolucionário que haveria de ficar conhecido como “Monarquia do Norte”, encabeçado por Paiva Couceiro e por outros oficiais do exército descontentes com o rumo conturbado da 1ª República, o qual proclamou a restauração da monarquia derrubada nove anos antes pela revolução de 5 de Outubro de 1910, voltando a içar nos edifícios públicos das principais vilas e cidades do norte do país a bandeira azul e branca com o escudo real, aos dezanove dias de Janeiro de 1919…” (por, José Luís Espada-Feyo)

Após o assassinato de Sidónio Pais, a 14 de Dezembro de 1918, os monárquicos portugueses aproveitaram a situação de instabilidade vivida no País para redobrar as suas acções no sentido de restaurar o regime derrubado a 5 de Outubro de 1910. Assim, a 19 de Janeiro de 1919, a Junta do Norte proclamou, no Porto, a restauração da Monarquia, anunciando a constituição de uma Junta Governativa. Esta era constituída por Henrique de Paiva Couceiro, que, além de presidente, tinha a seu cargo a pasta da Fazenda e Subsistências; António Adalberto Sollari Allegro, com a pasta do Reino; o visconde do Banho, encarregado dos Negócios Eclesiásticos, da Justiça e da Instrução; na Guerra e Comunicações, João de Almeida; nos Negócios Estrangeiros, Luís de Magalhães; nas Obras Públicas, Correios e Telégrafos, Artur da Silva Ramos; e na Agricultura, Comércio e Indústria e Trabalho, o conde de Azevedo.A proclamação da Junta do Norte gerou focos de resistência ao poder republicano em vários pontos do País.

No Norte, os republicanos foram perseguidos e presos, sendo utilizado o Eden-Teatro do Porto como local onde decorriam os interrogatórios.
A 23 de Janeiro, seguindo os passos dos monárquicos do Norte, os monárquicos de Lisboa concentraram-se em Monsanto, acabando, porém, por ser vencidos em pouco tempo. Os monárquicos do Norte, porém, mantiveram posições durante perto de um mês, dominando a quase totalidade do Minho e Trás-os-Montes, e ainda parte das Beiras. A revolta caiu a 13 de Fevereiro, com a entrada no Porto das tropas fiéis à República.

19 de Janeiro de 1919: a Monarquia é proclamada no Porto, por Paiva Couceiro.

A 19 de Janeiro de 1919 a Monarquia é proclamada no Porto, por Paiva Couceiro, que organiza uma Junta Governativa.

Faz hoje precisamente 104 anos que na cidade do Porto eclodiu um movimento contra-revolucionário que haveria de ficar conhecido como “Monarquia do Norte”, encabeçado por Paiva Couceiro e por outros oficiais do exército descontentes com o rumo conturbado da 1ª República, o qual proclamou a restauração da monarquia derrubada nove anos antes pela revolução de 5 de Outubro de 1910, voltando a içar nos edifícios públicos das principais vilas e cidades do norte do país a bandeira azul e branca com o escudo real, aos dezanove dias de Janeiro de 1919…” (por, José Luís Espada-Feyo)

Após o assassinato de Sidónio Pais, a 14 de Dezembro de 1918, os monárquicos portugueses aproveitaram a situação de instabilidade vivida no País para redobrar as suas acções no sentido de restaurar o regime derrubado a 5 de Outubro de 1910. Assim, a 19 de Janeiro de 1919, a Junta do Norte proclamou, no Porto, a restauração da Monarquia, anunciando a constituição de uma Junta Governativa. Esta era constituída por Henrique de Paiva Couceiro, que, além de presidente, tinha a seu cargo a pasta da Fazenda e Subsistências; António Adalberto Sollari Allegro, com a pasta do Reino; o visconde do Banho, encarregado dos Negócios Eclesiásticos, da Justiça e da Instrução; na Guerra e Comunicações, João de Almeida; nos Negócios Estrangeiros, Luís de Magalhães; nas Obras Públicas, Correios e Telégrafos, Artur da Silva Ramos; e na Agricultura, Comércio e Indústria e Trabalho, o conde de Azevedo.A proclamação da Junta do Norte gerou focos de resistência ao poder republicano em vários pontos do País.

No Norte, os republicanos foram perseguidos e presos, sendo utilizado o Eden-Teatro do Porto como local onde decorriam os interrogatórios.
A 23 de Janeiro, seguindo os passos dos monárquicos do Norte, os monárquicos de Lisboa concentraram-se em Monsanto, acabando, porém, por ser vencidos em pouco tempo. Os monárquicos do Norte, porém, mantiveram posições durante perto de um mês, dominando a quase totalidade do Minho e Trás-os-Montes, e ainda parte das Beiras. A revolta caiu a 13 de Fevereiro, com a entrada no Porto das tropas fiéis à República.

13 de janeiro de 1750: assinado entre Portugal e Espanha o Tratado de Madrid

TRATADO DE MADRID

Em 13 de janeiro de 1750, foi assinado entre Portugal e Espanha o Tratado de Madrid, que fixava os limites dos domínios entre as duas nações.

A linha divisória fixada pelo Tratado de Tordesilhas (1494), não tinha sido respeitada, nem pelos portugueses no Brasil, nem pelos espanhóis nas Índias Orientais. Procurou-se regular a disputa, adotando então o princípio do uti possidetis, com a única condição de que seria cedida por Portugal à Espanha a praça da Colónia do Sacramento, em troca do território situado ao norte do Ibicuí e ao oriente do Uruguai, onde os jesuítas espanhóis, expulsos em 1638, pelos paulistas, haviam novamente fundado sete missões de guaranis (1687-1707).

O verdadeiro negociador do tratado foi Alexandre de Gusmão, embora o seu nome não apareça nesse documento. Os guaranis do Uruguai, dirigidos pelos jesuítas, opuseram-se à execução do tratado. Houve então a guerra de 1754 a 1756, em que eles foram vencidos.

O Tratado de Madrid, assinado em 1750, impôs uma nova agenda à administração colonial portuguesa em relação às suas colónias na América, particularmente as conquistadas no século anterior. A Metrópole teve de encontrar alternativas para povoar e tornar economicamente interessantes as vastas áreas que compreendiam todo o território ao Norte e a Oeste da América Portuguesa.

Foto: Mapa das Cortes no contexto das negociações do Tratado de Madrid.

13 de janeiro de 1750: assinado entre Portugal e Espanha o Tratado de Madrid

TRATADO DE MADRID

Em 13 de janeiro de 1750, foi assinado entre Portugal e Espanha o Tratado de Madrid, que fixava os limites dos domínios entre as duas nações.

A linha divisória fixada pelo Tratado de Tordesilhas (1494), não tinha sido respeitada, nem pelos portugueses no Brasil, nem pelos espanhóis nas Índias Orientais. Procurou-se regular a disputa, adotando então o princípio do uti possidetis, com a única condição de que seria cedida por Portugal à Espanha a praça da Colónia do Sacramento, em troca do território situado ao norte do Ibicuí e ao oriente do Uruguai, onde os jesuítas espanhóis, expulsos em 1638, pelos paulistas, haviam novamente fundado sete missões de guaranis (1687-1707).

O verdadeiro negociador do tratado foi Alexandre de Gusmão, embora o seu nome não apareça nesse documento. Os guaranis do Uruguai, dirigidos pelos jesuítas, opuseram-se à execução do tratado. Houve então a guerra de 1754 a 1756, em que eles foram vencidos.

O Tratado de Madrid, assinado em 1750, impôs uma nova agenda à administração colonial portuguesa em relação às suas colónias na América, particularmente as conquistadas no século anterior. A Metrópole teve de encontrar alternativas para povoar e tornar economicamente interessantes as vastas áreas que compreendiam todo o território ao Norte e a Oeste da América Portuguesa.

Foto: Mapa das Cortes no contexto das negociações do Tratado de Madrid.

17 de Janeiro de 1462: Descobrimento pelo navegador Diogo Afonso da ilha de Santo Antão, em Cabo Verde.

17 de Janeiro de 1462 – Descobrimento pelo navegador Diogo Afonso da ilha de Santo Antão, em Cabo Verde.

O nome Santo Antão foi dado pelo navegador português em consonância com o santo do dia da descoberta, tal como ocorreu com outras ilhas do grupo: São Vicente, São Nicolau e Santa Luzia.

Na imagem, estátua de Diogo Afonso, no Mindelo (Ilha de S. Vicente).

16 de Janeiro de 1822: José Bonifácio de Andrada e Silva é nomeado Ministro do Reino.

16 de Janeiro de 1822 – José Bonifácio de Andrada e Silva é nomeado Ministro do Reino.

Passam hoje 201 anos. A separação do Brasil tornou-se real a partir do dia do “Fico”, quando D. Pedro, pressionado, decidiu não regressar ao reino de Portugal (9 de Janeiro de 1822).

José Bonifácio de Andrada e Silva irá agora fazer parte do primeiro ministério como titular da pasta do Reino e dos Negócios Estrangeiros no Brasil. Nela ajudará o jovem príncipe a realizar a sua obra emancipadora.

Na imagem, monumento em homenagem a José Bonifácio de Andrada e Silva, no Largo de São Francisco, no centro histórico do Rio de Janeiro.

15 de Janeiro de 1432: Nasce D. Afonso V, “O Africano”

15 de Janeiro de 1432 – Nasce D. Afonso V, “O Africano”.

Passam hoje 591 anos que no Paço de Sintra, numa terça-feira, nascia o infante D. Afonso. Filho de D. Duarte e de D. Leonor de Aragão, casou com sua prima D. Isabel, filha do Infante D. Pedro.

Tendo herdado o trono em 1438, ainda criança, tomou conta do governo em 1446, coadjuvado pelo seu tio D. Pedro, que mais tarde dispensou, e que, depois, guerreou na Batalha de Alfarrobeira, onde D. Pedro virá a morrer.

Foi no seu reinado que se conquistaram várias praças em África (Alcácer Ceguer, Arzila e Tânger) e daí o seu cognome de “O Africano”.

Na imagem, retrato de D. Afonso V em gravura a buril (MNAA).

12 de janeiro de 1633: ratificado o casamento entre D. João IV e D. Luísa de Gusmão

12 de janeiro de 1633: foi ratificado o casamento (realizado primeiro por procuração no início do mês) entre D. João II, 8º Duque de Bragança e D. Luísa de Gusmão, filha do duque de Medina Sidónia.

A magnificente cerimónia de ratificação deu-se em Elvas, celebrada pelo bispo D. Sebastião de Matos Noronha, e em Vila Viçosa deram-se grandes festas para celebrar o casamento dos duques.

Alguns anos depois, em 1640, este casal ascendeu ao trono de Portugal como primeiro casal régio da nova dinastia real de Bragança, que restaurou a independência em Portugal. Foram pais de sete filhos, sendo que dois deles subiram ao trono português, D. Afonso VI e D. Pedro II, e uma foi rainha de Inglaterra e regente em Portugal, D. Catarina de Bragança.

D. João IV e D. Luísa de Gusmão encontram-se sepultados no Panteão dos Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora.

📷 Gravura de D. João IV e D. Luísa de Gusmão

12 de Janeiro de 1890: No decorrer de um jantar, surge o cântico patriótico “A Portuguesa”

12 de Janeiro de 1890 – No decorrer de um jantar, de improviso, surge o cântico patriótico “A Portuguesa”.

Foi no dia seguinte ao Ultimatum do governo inglês. Nas ruas da capital ouviam-se brados patrióticos, insurgindo-se contra a Inglaterra.

O objetivo d’ “A Portuguesa” era exaltar o patriotismo e orgulho nacionais perante a ameaça britânica.

Após a Implantação da República Portuguesa, a 5 de Outubro de 1910, o Hino da Carta foi substituído pela “A Portuguesa”. A marcha acabou por ser consagrada Hino Nacional na Assembleia Nacional Constituinte, de 19 de Junho de 1911.

Na imagem, os autores d’ “A Portugueza”, publicada na revista “O Occidente”, n.º 405, de 21 de Março de 1890.

11 de janeiro de 1148: D. Afonso Henriques conquista a vila de Óbidos aos mouros

Há 875 anos, a 11 de janeiro de 1148, D. Afonso Henriques conquista a vila de Óbidos aos mouros. Em novembro de 1147, e após a conquista de Lisboa e de Santarém aos mouros, o primeiro rei de Portugal decide-se pela conquista de Óbidos por saber que esta era uma praça mais forte do que outras como Torres Vedras ou Alenquer. Liderado por Gonçalo Mendes da Maia, o ‘Lidador’, um grupo de cavaleiros investiu durante a noite pela parte nascente da terra enquanto os restantes militares portugueses chamavam a atenção dos árabes na porta do castelo a poente, hoje chamada Porta da Vila.

De acordo com a história, foi valente esta batalha que é uma das menos recordadas por alegadamente ter sido “abafada” pela conquista das importantes Lisboa e Santarém. Esta “tomada” surge após a reconquista de Santarém, considerada uma das mais bem defendidas cidades sob domínio muçulmano. Tendo a conquista de Portugal aos mouros sido feita de norte para sul, Óbidos era a “cabeça” ou castelo de um território de grandes dimensões, tendo tido um papel importante no povoamento do reino para sul.

D. Afonso Henriques considerava a conquista de Óbidos como uma dificílima empresa, e só desalojou as hostes agarenas que aguerridamente defenderam o castelo graças a um estratagema que permitiu tomar a vila. Enquanto o grosso do exército atacava a Porta da Vila e as muralhas a poente, um grupo de cavaleiros dirigia-se a nascente, entrando pela hoje designada Porta da Traição.