26 de Dezembro de 1807 – Uma força militar britânica ocupou a ilha da Madeira.

26 de Dezembro de 1807 – Uma força militar britânica, comandada pelo General Beresford, ocupou a ilha da Madeira.

O auto de Capitulação, assinado há 215 anos, referia que «A Ilha da Madeira e suas dependências serão entregues aos comandantes das forças de sua majestade britânica para serem conservadas e governadas por sua dita majestade com os mesmos direitos, privilégios e jurisdições com que até agora as gozou a coroa de Portugal».

Na imagem, pintura de Sir William Carr Beresford, (1768-1854).

22 de Dezembro de 1861 – D. Luís de Bragança é aclamado rei de Portugal.

22 de Dezembro de 1861 – D. Luís de Bragança é aclamado rei de Portugal.

D. Luís herdou a coroa em Novembro de 1861, sucedendo ao seu irmão D. Pedro V, por este não deixar descendência, e foi aclamado rei a 22 de Dezembro do mesmo ano.

Na imagem, gravura do Pavilhão Real onde a Câmara Municipal de Lisboa entregou as chaves da cidade ao rei D. Luís I, publicada no “Archivo pitoresco; semanário ilustrado”, n.º 44, de 1861.

Dia Internacional do Chá

DIA INTERNACIONAL DO CHÁ

Bebida mundialmente conhecida, originária da Ásia. Foram os portugueses um dos primeiros europeus a contactar com a bebida e a introduzi-la na Europa, mas foram os holandeses, e depois ingleses, quem a comercializaram em larga escala neste continente.

Hoje o chá é muito associado à cultura inglesa, com o conhecido “chá das cinco” (five o’clock tea), porém, foi uma princesa portuguesa a responsável pela ampla difusão do hábito de beber chá em Inglaterra.

D. Catarina de Bragança, filha do rei D. João IV, casou em 1661 com Carlos II rei de Inglaterra, tornando-se assim rainha desse reino. Sendo portuguesa, D. Catarina estava já habituada aos produtos vindos do Oriente, como o chá e a porcelana, mas para os ingleses tudo isso era ainda novidade. O chá em Inglaterra era visto apenas como algo medicinal.

Quando D. Catarina chegou em 1662, trouxe consigo o seu tão apreciado chá e serviços de porcelana chinesa onde o servia. Este exótico hábito que a nova rainha estrangeira e as suas aias introduziram na corte, rapidamente se espalhou por toda a nobreza inglesa, passando o chá a ser associado à alta sociedade e às boas maneiras. Ainda hoje, a expressão “falta de chá” é sinónimo de alguém sem maneiras e boa educação.

Atualmente esta importante rainha e figura histórica encontra-se sepultada no Panteão Real da Dinastia de Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora.

📸 D. Catarina de Bragança por Jacob Huysmans (1665). Coleção do Patriarcado de Lisboa.

14 de Dezembro de 1825: faleceu D. Carlos da Cunha e Meneses, sexto Cardeal-Patriarca de Lisboa

Neste dia, no ano de 1825, faleceu D. Carlos da Cunha e Meneses, sexto Cardeal-Patriarca de Lisboa.

D. Carlos I (1759-1825), filho do 4º Senhor da Valdigem, destacou-se também por ser um dos últimos Patriarcas do Antigo Regime, mantendo-se fiel ao regime absolutista, sendo um importante vulto da contrarrevolução liberal.

A par das suas funções enquanto Patriarca, foi ainda durante a ausência do rei D. João VI no Brasil conselheiro de Estado e um dos membros da regência selecionada pelo mesmo rei.

Mais tarde, como um dos defensores do regime absolutista recusou-se a jurar a Constituição de 1822, sendo obrigado a exilar-se em França. Retorna apenas a Portugal depois do êxito do movimento da Vilafrancada para reassumir o seu cargo.

Após estar no cargo cerca de 6 anos, falece com 66 anos de idade no Palácio da Junqueira, sendo realizado o seu cortejo fúnebre na Igreja das Carmelitas Descalças onde ficou sepultado inicialmente.

Anos mais tarde, os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão dos Patriarcas de Lisboa, no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde jaz até aos dias de hoje.

📸 Retrato de D. Carlos da Cunha na Galeria dos Patriarcas do Mosteiro.

📸 Gravura da entrada solene do Cardeal-Patriarca de Lisboa D. Carlos I em Lisboa (1823).

13 de Dezembro de 1852: D. Maria II faz publicar o decreto que adopta o Sistema Métrico Decimal

13 de Dezembro de 1852 – D. Maria II faz publicar o decreto que adopta o Sistema Métrico Decimal com a respectiva nomenclatura original, e estipulando dez anos para entrar em vigor.

Passam hoje 170 anos deste importante decreto que também cria no Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, a Comissão Central de Pesos e Medidas. O metro deixou de ser uma palavra francesa para passar a ser reconhecido como um termo internacional.

Na imagem, um regulador métrico português que apresenta notas explicativas de utilização, tabelas de medidas de peso, superfície e volume e legenda das iniciais utilizadas.

12 de Dezembro de 1631 – Publicação do Regimento do Cirurgião-Mor

12 de Dezembro de 1631 – Publicação do Regimento do Cirurgião-Mor.

Passam hoje 391 anos deste regimento de meados do século XVII. O primeiro regimento de que se tem conhecimento data de 1448, quando o cargo foi criado.

O Cirurgião-Mor tinha como incumbência examinar, dar cartas e fiscalizar o exercício desta arte. Neste novo regimento, do ano de 1631, estabeleceram-se algumas providências novas que procuravam a melhoria das práticas.

Na imagem, um cirurgião a colocar ventosas num doente, em imagem litografada incluída no livro “Viagem Pitoresca”, publicado em 1839, de Jean-Baptiste Debret (1768-1848).

9 de Dezembro de 1706: faleceu D. Pedro II rei de Portugal, cognominado de “o Pacífico”

9 de Dezembro do ano de 1706, faleceu D. Pedro II rei de Portugal, cognominado de “o Pacífico”, vítima de doença hepática aos 58 anos.

Filho de D. João IV e D. Luísa de Gusmão, não era herdeiro da coroa, porém, em 1668 assume a regência do reino após afastar o irmão mais velho, D. Afonso VI, do trono. Com a morte deste, em 1683, torna-se rei como D. Pedro II de Portugal.

O seu cognome deriva do facto de ter sido durante a sua regência que se conseguiu estabelecer a paz com Espanha e pôr termo às Guerras da Restauração da Independência.

Encontra-se sepultado no Panteão Real da Dinastia de Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora e o seu coração depositado na Igreja do Convento de Nossa Senhora da Quietação, em Alcântara, dada a ligação do rei com a Irmandade da qual era juiz perpétuo.

📸 Painel de azulejos com a representação de D. Pedro II na Portaria do Mosteiro de São Vicente de Fora.

8 de Dezembro: Celebração da Imaculada Conceição

A Imaculada Conceição é, segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mácula de pecado original. A celebração da Imaculada Conceição, assinalada a 8 de dezembro, foi definida como festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV.

No dia 25 de Março de 1646, o rei português D. João IV promoveu uma cerimónia solene, em Vila Viçosa, para agradecer a Nossa Senhora a Restauração da Independência de Portugal. Dirigiu-se à igreja de Nossa Senhora da Conceição, que declarou Padroeira e Rainha de Portugal.

A partir dessa data, mais nenhum rei português colocou a coroa na cabeça, por se considerar que só a Virgem tinha esse direito. Nos quadros onde aparecem reis ou rainhas, a coroa está sempre colocada ao lado, sobre uma mesa, num tamborete ou almofada de cetim.

8 de Dezembro de 1380: Carta de privilégios dada pelo rei D. Fernando I aos mercadores e moradores de Lisboa e do Porto

8 de Dezembro de 1380 – Carta de privilégios dada pelo rei D. Fernando I aos mercadores e moradores de Lisboa e do Porto.

Passam hoje 642 anos deste diploma que procura proteger e desenvolver o comércio e a marinha e que se insere numa política protecionista iniciada já com o rei D. Dinis com a criação da bolsa dos mercadores, em 1293 (Porto, AHM – TG-c 0003 (Livro Grande), fl. 43v.).

Na imagem, pintura que ilustra mercadores a carregarem mercadorias nos seus navios.