7 de Março de 1777: D. Maria I emite o perdão dos Marqueses de Távora e de Alorna, condenados no reinado de D. José, por conspiração.

7 de Março de 1777 – D. Maria I emite o perdão dos Marqueses de Távora e de Alorna, condenados no reinado de D. José, por conspiração.

Foi há 246 anos.

Este perdão foi emitido na sequência da morte do rei, a 24 de Fevereiro, e da abertura das prisões, com a libertação dos presos do Estado e o início dos processos de reabilitação de vários prisioneiros.

Na imagem, retrato da rainha D. Maria I, na Academia das Ciências de Lisboa.

6 de Março de 1719: Nasce João Carlos de Bragança Sousa e Ligne Tavares Mascarenhas e Silva, 2º Duque de Lafões.

6 de Março de 1719 – Nasce João Carlos de Bragança Sousa e Ligne Tavares Mascarenhas e Silva, 2º Duque de Lafões.

Passam hoje 304 anos. Por ocasião do terramoto de 1755 foi um dos voluntários que permaneceu em Lisboa para tratar dos vivos e enterrar os mortos. Viajou pela Inglaterra, Áustria, Itália, França, Rússia Alemanha, Suécia, Dinamarca e Turquia, só regressando a Portugal após a subida ao trono de D. Maria I.

Foi conselheiro de Estado e de Guerra, Governador das Armas da Corte, Marechal General do Exército Português, Mordomo-mor do Príncipe Regente D. João, e Ministro Encarregado dos Negócios da Guerra. Foi ainda o fundador e primeiro Presidente da Academia das Ciências de Lisboa.

Na imagem, retrato de D. João Carlos de Bragança, 2.º Duque de Lafões.

733° aniversário da Universidade de Coimbra

UNIVERSIDADE DE COIMBRA – 733° ANIVERSÁRIO

“Ao assinar o “Scientiae thesaurus mirabilis”, D. Dinis criava a Universidade mais antiga do país e uma das mais antigas do mundo.

Datado de 1290, o documento dá origem ao Estudo Geral, que é reconhecido no mesmo ano pelo papa Nicolau IV.

Começa a funcionar em Lisboa, sendo transferida definitivamente para Coimbra em 1537, por ordem do Rei D. João III (…)”.

  1. III.1290 – Universidade de Coimbra

27 de fevereiro no ano de 1666: faleceu a rainha D. Luísa de Gusmão, mulher de D. João IV

D. LUÍSA DE GUSMÃO, RAINHA DE PORTUGAL

Neste dia, em 27 de fevereiro no ano de 1666, faleceu a rainha D. Luísa de Gusmão, mulher de D. João IV.

Filha do Duque de Medina Sidónia, tornou-se primeiro Duquesa de Bragança através do casamento com D. João (II), Duque de Bragança, e depois rainha de Portugal com a ascensão do marido ao trono após a Restauração da Independência em 1640.

Apesar da ascendência espanhola, D. Luísa de Gusmão defendeu sempre os interesses e a independência de Portugal face a Espanha, tendo inclusivamente, após a morte de D. João IV e durante a menoridade do herdeiro ao trono D. Afonso, assumido a regência do reino.

Acabaria por ser afastada da regência pelo próprio filho e por influência do Conde de Castelo Melhor, retirando-se para o Convento do Grilo, na zona de Xabregas, que a própria mandara erguer. Viria a falecer no mesmo convento aos 52 anos de idade, na sequência de problemas pulmonares.

D. Luísa de Gusmão foi sepultada inicialmente em Xabregas e depois foi trasladada para o Panteão dos Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora.

27 de Fevereiro de 1514: Foral de Oliveira do Hospital.

27 de Fevereiro de 1514 – Foral de Oliveira do Hospital.

Passam hoje 509 anos que o rei D. Manuel I concedeu o Foral a Oliveira do Hospital. Este encontra-se no “O livro dos Forais Novos da Beira”, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo que guarda ainda, mais quatro livros de forais novos, relativos a outras regiões do reino (Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Entre Tejo e Odiana e Estremadura).

Na imagem, pormenor do fólio onde se encontra o início do texto do Foral de Oliveira de Hospital, no Livro dos Forais Novos da Beira.

26 de Fevereiro de 1885: Termina a Conferência de Berlim, cujo objetivo era a partilha das colónias africanas.

A CONFERÊNCIA DE BERLIM

A Conferência de Berlim, conhecida como conferência da África Ocidental ou Conferência do Congo, realizou-se em Berlim de 15 de novembro de 1884 a 26 de fevereiro de 1885, marcando a colaboração europeia na partição e divisão territorial da África. Organizado pelo Chanceler do Império Alemão, Otto von Bismarck, o evento contou com a participação de países europeus (Alemanha, Áustria-Hungria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Noruega, Países Baixos, Portugal, Rússia e Suécia), também do Império Otomano e dos Estados Unidos. O objetivo declarado era o de “regulamentar a liberdade do comércio nas bacias do Congo e do Níger, assim como novas ocupações de territórios sobre a costa ocidental da África”.

O principal resultado da conferência de Berlim foi o estabelecimento de regras oficiais de colonização mas, além disso, a conferência gerou uma onda de assinaturas de tratados entre os vários países europeus.

A Alemanha, país vencedor da guerra franco-prussiana, não possuía colónias em África mas tinha esse desejo e viu-o satisfeito, passando a administrar o “Sudoeste Africano”, actual Namíbia, Tanganica, Camarões e Togolândia; os Estados Unidos na altura não tinham mais a colónia da Libéria, independente desde 1847, mas, como potência em ascensão, foram convidados; o Império Otomano possuía províncias na África, notadamente o Egipto (incluindo o futuro Sudão Anglo-Egípcio e Trípoli), mas seus domínios foram vastamente desconsiderados no curso das negociações e foram arrebatados de seu controle até 1914.

Durante a conferência, Portugal apresentou um projecto, o famoso “mapa cor-de-rosa”, que consistia em ligar Angola a Moçambique, criando uma comunicação entre as duas colónias, de modo a facilitar o comércio e o transporte de mercadorias. Sucedeu que, apesar de todos concordarem com o projecto, mais tarde a Inglaterra, à margem do Tratado de Windsor, surpreendentemente recusou o projecto, dando um ultimato a Portugal, ameaçando declarar-lhe guerra se a proposta não fosse retirada. Portugal, com receio de colocar em causa o tratado de amizade e cooperação militar mais antigo do mundo, cedeu às pretensões ingleses, retirando o projeto do Mapa cor-de-rosa.

Como resultado da conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral com exceção das colónias alemã da Namíbia, portuguesas de Angola e Moçambique e da ilha francesa de Madagascar e o Sudoeste Africano, toda a África Oriental com exceção da Tanganica e partilhou a costa ocidental e o norte da África com a França, a Espanha e Portugal Guiné-Bissau e Cabo Verde; o Congo – que estava no centro da disputa, o próprio nome da Conferência em alemão é “Conferência do Congo” – continuou como “propriedade” da Associação Internacional do Congo, cujo principal acionista era o rei Leopoldo II da Bélgica; este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o Ruanda e o Burundi.

24 de fevereiro de 1777: Falecimento do Rei D. José I

24 de fevereiro de 1777: Falecimento do Rei D. José I.

Há 246 anos, falecia em Sintra, o Rei D. José (D. José Francisco António Inácio Norberto Agostinho).

O seu reinado, situado entre 1750 e 1777, foi caraterizado brevemente da seguinte forma:

  • No contexto internacional, marcado especialmente pela “Guerra dos Sete Anos“ (1756-1763), entre França e Inglaterra, na qual manteve a política de neutralidade;
  • No plano interno, assinalado pelo devastador terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa, pela governação de D. Sebastião José de Carvalho e Melo (futuro Marquês de Pombal), expulsão dos Jesuítas de Portugal, vingança à família Távora por tentativa do seu assassinato, e pelas várias reformas (ensino, economia e administração), incluindo a reorganização do Exército Português pelo Conde de Lippe (1762-1767).

No Museu Militar de Lisboa encontra-se o modelo em bronze, à escala, da estátua equestre do Rei D. José I erguida no Terreiro do Paço/Lisboa.

24 de Fevereiro de 1387: Ratificação por Ricardo II, rei de Inglaterra, do Tratado de Windsor.

24 de Fevereiro de 1387 – Ratificação por Ricardo II, rei de Inglaterra, em Westminster, do Tratado de Paz e Amizade e Confederação, mais conhecido por Tratado de Windsor, datado de 9 de Maio de 1386.

Passam hoje 636 anos.

Este tratado é um dos mais antigos acordos diplomáticos de Portugal.

Na imagem, o Tratado de Windsor, datado de 9 de Maio de 1386, que contém a ratificação de Ricardo II, rei de Inglaterra, em Westminster, a 24 de Fevereiro de 1387 (ANTT).

23 de Fevereiro de 1752: Sai de Lisboa a embaixada de Francisco Xavier Assis Pacheco de Sampaio com destino à China.

23 de Fevereiro de 1752 – Sai de Lisboa a embaixada de Francisco Xavier Assis Pacheco de Sampaio com destino à China.

Passam hoje 271 anos do dia em que o rei D. José I enviou à China o Embaixador Francisco Xavier Assis Pacheco de Sampaio. Tinha como propósito “cultivar por este modo a amizade do Imperador actual, promover a conservação e aumento das missões do mesmo império, restabelecimento do Real Padroado e outros interesses políticos”.

Na imagem, retrato do imperador Qianlong, que recebeu o Embaixador Francisco Xavier Assis Pacheco de Sampaio (Musée Guimet, Paris).

21 de fevereiro de 1920 – faleceu em Nápoles o Infante D. Afonso, Duque do Porto, segundo filho do rei D. Luís I e da rainha D. Maria Pia da Saboia.

21 de fevereiro de 1920 – faleceu em Nápoles o Infante D. Afonso, Duque do Porto, segundo filho do rei D. Luís I e da rainha D. Maria Pia da Saboia.

Como segundo filho e irmão mais novo do rei D. Carlos I, desempenhou diferentes funções durante a sua vida como: condestável do reino, comandante honorário dos Bombeiros Voluntários da Ajuda, general de divisão do Exército Português, representava o rei em algumas ações diplomáticas, entre outros cargos.

Após implantação da República em Portugal, a 5 de outubro de 1910, D. Afonso é obrigado a partir em exilio para a cidade de Nápoles, em Itália. Apesar de se ter casado em 1917, não chegou a ter descendentes.

Viria a falecer no dia 21 de fevereiro de 1920, sendo um ano depois trasladado o seu corpo para o Panteão Real da Dinastia de Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde jaz atualmente.