17 de Abril de 1540 – Chegada dos primeiros jesuítas a Lisboa, os padres Simão Rodrigues e Paulo Camerte.
Passam hoje 483 anos da chegada destes dois jesuítas ao reino de Portugal, seguindo-se, em Junho, Francisco Xavier. Simão Rodrigues ficaria no Reino para fundar a primeira província da Companhia de Jesus e Francisco Xavier, o grande apóstolo das Índias, viria a embarcar, no ano seguinte, para Goa.
Na imagem, gravura da Igreja de São Roque onde está sepultado o Padre Simão Rodrigues, o primeiro jesuíta português.
12 de Abril de 1285 – D. Dinis concede foral a Moncorvo, passando o concelho a ter nova sede e nova designação que seria o Concelho de Torre de Moncorvo.
Passam hoje 738 anos da “cartam de foro vobis populatoribus de Turris Menendi Corvi” dada por D. Dinis quando estava em Lisboa. À data deste documento a vila estava em pleno desenvolvimento, estando a construir-se o castelo e a sua cerca.
O foral encontra-se guardado no Arquivo Distrital de Braga, Gaveta das Notícias Várias, n.º 15.
11 de Abril de 1357 nasceu D. João I, rei de Portugal.
D. João I de Portugal (Lisboa, 11 de Abril de 1357 – Lisboa, 14 de Agosto de 1433), foi o décimo Rei de Portugal e o primeiro da Dinastia de Avis, cognominado O de Boa Memória pelo legado que deixou.
Filho ilegítimo do rei D. Pedro I e 3.º Mestre da Ordem de Avis (com sede em Avis), foi aclamado rei na sequência da Crise de 1383-1385 que ameaçava a independência de Portugal.
Para selar a aliança Luso-Britânica casou com D. Filipa de Lencastre, filha de João de Gaunt, dedicando-se desde então ao desenvolvimento do reino.
Escoltada por nobres ingleses e portugueses, Filipa foi conduzida ao Porto, onde, de acordo com a Crónica de El-Rei D. João I, foi recebida com grandes festejos. Alguns dias depois, D. João chegou à cidade e os dois puderam conversar e trocar presentes. Após o casamento, a festa continuou por mais quinze dias.
“Casamento de D. JoãoI com D.Filipa de Lencastre”, na cidade do Porto.
9 de Abril de 1900 – Saída de Lisboa para o Brasil do Cruzador D. Carlos I, por ocasião das festas que iriam comemorar o centenário do descobrimento do Brasil.
Passam hoje 123 anos. No cruzador seguia o enviado extraordinário, General Francisco Maria da Cunha, que foi representar Portugal nas comemorações do Brasil.
Na imagem, fotografia do Cruzador D. Carlos I, na revista “Occidente”, n.º 767, de 20 de Abril de 1900, sobre a notícia das comemorações.
08 de Abril de 1153: D. Afonso Henriques doa Alcobaça à Ordem de Cister
D. Afonso Henriques primeiro Rei de Portugal e fundador da Dinastia Afonsina, cognominado O Conquistador devido aos empreendimentos guerreiros que moldaram o Reino de Portugal e garantiram a sua independência do Reino de Leão no Tratado de Zamora em 1143.
Em 1112, ano da morte do Conde D. Henrique, o Condado Portucalense beneficiava já de uma sólida autonomia. D. Teresa, ao assumir o Governo, procurou reforçar estas condições, embora a influência galega, através de Fernando Peres de Trava, desagradasse aos sentimentos independentistas da Nobreza do Condado Portucalense. A oposição de D. Afonso Henriques a sua mãe, em 1120, é consequência desta tendência de bipartidarização.
Em 1125, o jovem D. Afonso, na Sé de Zamora, arma-se cavaleiro pelas suas próprias mãos. Três anos mais tarde, é travada a Batalha de S. Mamede, que culmina com a derrota do partido de D. Teresa, consagrando-se assim a autoridade de D. Afonso.
Resolvida a guerra civil, D. Afonso Henriques inicia a disputa de soberania com Afonso VII de Leão, bem como uma série de contendas com os muçulmanos que culmina na chamada Batalha de Ourique (cuja localização é controversa) em 25 de Julho de 1139. Tradicionalmente, diz-se que este momento terá sido também o da aclamação de D. Afonso como Rei.
Em troca da protecção pontifícia, Afonso Henriques torna-se tributário da Santa Sé em 1143, ano em que é reconhecida a Independência de Portugal no tratado de Zamora.
Resolvida a contenda com Afonso VII, Afonso Henriques volta-se a sul com o intuito de expandir os seus domínio. Assim, o ano de 1147 assinala a tomada de Santarém (15 de Março) e a de Lisboa (rendição a 23 de Outubro).
Durante as duas décadas seguintes dilatam-se os limites de Portugal até territórios além do Guadiana, consagrando-se assim o poder político e militar de D. Afonso Henriques. No entanto, uma grande ofensiva almóada recolocaria os limites do Reino de Portugal na linha do Tejo em finais do seu reinado. Em 1179, o Papa Alexandre III concede finalmente o título de Rei a D. Afonso através da Bula Manifestis Probatum, legitimando assim a independência de Portugal e o direito sucessório.
D. Afonso Henriques e Alcobaça
Envolta numa aura mística, a história do Mosteiro de Alcobaça combina factos e lendas que se entrelaçam com a própria Fundação do Reino de Portugal. Artisticamente representada num conjunto de painéis em azulejo barroco na Sala dos Reis do Mosteiro, essa história inicia-se nas vésperas da tomada de Santarém (1147), momento em que D. Afonso terá prometido erigir, em caso de sucesso da sua empresa, um mosteiro em honra de Santa Maria.
Independentemente das lendas, facto é que D. Afonso Henriques, a 8 de Abril de 1153, doa a Bernardo de Claraval e à Ordem de Cister um vasto território de 44 mil hectares. Se, por um lado, era necessário ocupar e povoar os territórios recém-conquistados, por outro era também necessário favorecer religiosamente a causa do auto-proclamado Rei de Portugal. O Abade de Claraval, segundo Herculano, era uma das figuras mais eminentes da sua época, sendo extremamente popular e ainda altamente influente em matérias públicas, especialmente aquelas ligadas à Religião. Compreende-se assim o simbolismo da doação no contexto da política de consolidação da Independência de Portugal por D. Afonso Henriques.
7 de abril de 1831 – Abdicação de Dom Pedro I em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara, futuro Dom Pedro II do Brasil.
Passam hoje 192 anos deste dia em que D. Pedro I tomou a resolução, eram duas horas da madrugada, de entregar ao Major Miguel Frias de Vasconcelos uma carta, dizendo o seguinte: “usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei mui voluntariamente abdicado na pessoa do meu muito amado e prezado filho o Senhor D. Pedro de Alcântara. Boa Vista, 7 de Abril de 1831, décimo da independência e do império. Pedro”.
Na imagem, retrato de D. Pedro I atribuído a Simplício Rodrigues de Sá (Museu Imperial.)
É o dia que antecede o dia da Paixão de Cristo. Na noite anterior a esse dia, deu-se a Última Ceia, ou seja, a última refeição que Jesus tomou com os seus discípulos, onde previu também a traição que iria sofrer. A Última Ceia foi relatada em quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) e também na Primeira Epístola aos Coríntios.
A Última Ceia está também na base da Eucaristia.
📷 “Última Ceia” pintada por José Inácio Sampaio, século XVIII, em exibição no Panteão dos Patriarcas de Lisboa.
Eng. Manuel Beninger, Presidente da APAM – Associação Portuguesa dos Autarcas Monárquicos, foi admitido na ACADEMIA NACIONAL DE HISTÓRIA DO EQUADOR, do Equador, como Académico Honorário Estrangeiro.
O instituição precedente da Academia é a Sociedade Equatoriana de Estudos Históricos Americanos, fundada em Quito em 24 de julho de 1909.
Foi reconhecida como Academia Nacional de História pelo Congresso Nacional do Equador através da Lei Constitutiva de 28 de setembro de 1920.
Um reconhecimento internacional que nos orgulha a todos.
6 de Abril de 1385 – Nuno Álvares Pereira é nomeado Condestável do Reino, nas Cortes de Coimbra.
Passam hoje 638 anos do dia em que, e citando a crónica de Fernão Lopes “enlegido o Mestre e alçado assim por rei, falou-se logo que fizessem condestabre para a guerra em que eram postos (…) e ordenou el-rei que o fosse o seu mui leal e fiel servidor Nun’Álvares Pereira, havendo àquele tempo vinte e quatro anos e nove meses e doze dias, conhecendo dele que era de honestos costumes e mui avisado nos autos da cavalaria”.
Na imagem, gravura da Crónica do Condestável de Portugal.
5 de Abril de 1521 – Partida de Lisboa da esquadra chefiada por Martim Afonso de Melo, enviado à China como embaixador pelo rei D. Manuel I.
Tinha como missão consolidar a amizade entre os reinos e edificar uma fortaleza na costa chinesa, ficando como governador. Tal não veio a concretizar-se, tendo sido repelido pelos chineses logo após a sua chegada, em Agosto de 1522.
Na imagem, a costa da China no Atlas Universal, de João Teixeira Albernaz (acervo do ANTT).