29 de Setembro de 1402: Nasce D. Fernando, o Infante Santo
O Infante Santo, D. Fernando, 8.° filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre nasceu em Santarém a 29 de Setembro de 1402 e faleceu em Fez a 5 de Junho de 1443. O mais novo dos membros da Ínclita Geração era senhor da vila de Salvaterra de Magos e de Atouguia da Baleia.
Foi educado com extremos de afecto, porque parecia ao princípio extraordinariamente débil mas nem, por isso foram menos perfeitos e cultivados o seu espírito e o seu carácter. Era extremamente religioso e por morte de João Rodrigues de Sequeira, foi-lhe dado o cargo de perpétuo administrador e governador da ordem de Avis, e dispensado para o ter, como teve em comenda, por bula de Eugénio IV, do ano de 1434.
Em 1437 participou numa expedição militar ao Norte de África, comandada pelo irmão, o Infante D. Henrique. O rei (D. Duarte) terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças lusitanas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito “Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!”.
Primeiro foi encerrado numa torre, onde esteve alguns dias, depois foi transportado para Arzila onde terá estado 7 meses. No fim deste tempo foi levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um condenado de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, subvencionada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 — acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo. Durante o reinado de D. Afonso V, seu sobrinho, o seu corpo veio para Portugal.
Esteve depositado em Lisboa no convento do Salvador, e dali se transferiu para o mosteiro da Batalha onde repousa ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
28 de Setembro: Hoje comemora-se o aniversário do nascimento do Rei Dom Carlos I (1863) e da Rainha Dona Amélia de Orleães e Bragança (1865).
Nascido no Palácio da Ajuda, em Lisboa, a 28 de Setembro de 1863, Dom Carlos de Bragança Sabóia Bourbon Saxe-Coburgo-Gotha, foi o penúltimo Rei de Portugal como Carlos I. Filho do Rei Dom Luís e da Rainha Dona Maria Pia, na qualidade de príncipe herdeiro da coroa de Portugal, recebeu desde cedo os títulos oficiais de Príncipe Real de Portugal e Duque de Bragança, possuindo o usufruto dos rendimentos dessa grande e real Casa, último morgadio que no seu tempo era ainda, legalmente, permitido em Portugal.
Dona Maria Amélia Luísa Helena de Bourbon-Orleães, princesa de França, nasceu em Twickenhem, em 28 de Setembro de 1865, durante o exílio da família, em Inglaterra. Dona Amélia era a filha primogénita do pretendente ao trono francês Luís Filipe, Conde de Paris, neto do último Rei de França, Luís Filipe I, e de Maria Isabel de Bourbon-Orleães-Montpensier.
A descendência do Casal Real foram o Príncipe Real D. Luís Filipe e El-Rei Dom Manuel II, último Rei de Portugal.
28 de Setembro de 1863: Nasce D. Carlos, “O Diplomata”
Monarca português, filho de D. Luís e de D. Maria Pia de Saboia, nasceu em Lisboa a 28 de setembro de 1863. Aí também morreu assassinado no dia 1 de fevereiro de 1908. Trigésimo terceiro rei de Portugal (1889-1908), ficou conhecido pelos cognomes de o Martirizado e o Diplomata. Casou em 1886 com D. Amélia de Orleães, princesa de França, filha dos condes de Paris, de cujo enlace nasceram D. Luís Filipe e D. Manuel. O seu reinado ficou marcado por eventos que fomentariam o espírito republicano e o descrédito crescente do regime monárquico.
O primeiro destes eventos aconteceria logo em 1890: o ultimato inglês, motivado pelo “Mapa cor-de-rosa” (1886) que punha em causa as pretensões do imperialismo britânico, nomeadamente o ensejo de ligar o Cabo ao Cairo. Portugal foi obrigado a abandonar os territórios africanos em questão, o que constituiu uma humilhante derrota para a diplomacia portuguesa e para o País. Este facto provocou uma explosão de sentimentos antibritânicos um pouco por todo o reino e em todos os quadrantes políticos. Este ambiente é aproveitado pelos republicanos que, após este incidente diplomático, reagem com maior veemência do que nunca. No Porto, estala uma revolta que acabaria por fracassar mas que proclamaria a República pela primeira vez na História portuguesa (o 31 de janeiro de 1891).
O rotativismo entre os Partidos Progressista e Regenerador entrara em descrédito, aumentando de eleição para eleição o número de representantes republicanos.
Assim, em maio de 1906, D. Carlos chama João Franco a formar Governo, o qual, contrariando promessas anteriormente feitas, encerra a Assembleia Legislativa e dá início a uma ditadura. A ditadura de João Franco desencadeou uma onda de protestos, sobretudo devido aos adiantamentos à Casa Real e à repressão política. Em 21 de janeiro de 1908, uma tentativa revolucionária foi dominada pelo Governo, tendo sido feitas inúmeras prisões. Na sequência deste movimento, foi elaborado um decreto que previa a deportação do reino para os conspiradores, decreto que D. Carlos promulgou. Passados poucos dias, em 1 de fevereiro de 1908, chegava a família real portuguesa a Lisboa vinda de Vila Viçosa, desembarcava junto do Terreiro do Paço e daí seguia para o Paço das Necessidades quando se deu o regicídio, no qual morreram D. Carlos e o seu filho D. Luís Filipe, o herdeiro do trono.
28 de Setembro de 1865: Nasce D. Amélia, última Rainha de Portugal.
Maria Amélia Luísa Helena de Orleães nasceu em Twickenham, a 28 de Setembro de 1865 e faleceu em Chesnay, a 25 de Outubro de 1951. Foi a última rainha de facto de Portugal.
Era filha de Luís Filipe Alberto de Orleães, conde de Paris, e da princesa Isabel de Orleães, filha dos duques de Montpensier. Quando a família Orleães foi banida de França, estabeleceu a sua residência em Inglaterra, onde Amélia nasceu. Sendo muito inteligente adquiriu muitos conhecimentos literários, afirmando-se ao mesmo tempo uma notável sportswoman. A par dos seus estudos, feitos sob a direcção dos mais afamados professores, recebia também uma sólida educação de família ministrada pela mãe. Foi por intermédio da duquesa de Montpensier que se preparou o casamento da princesa Maria Amélia, sua neta, com o então príncipe D. Carlos. Foi o conselheiro Andrade Corvo, ministro de Portugal em Paris em 1886, o encarregado de entregar as cartas autografas, do rei D. Luís e da rainha D. Maria Pia, ao conde e condessa de Paris, em que era pedida em casamento a princesa . Esta cerimónia realizou-se no palácio de Varennes no dia 7 de Fevereiro do referido ano.
Sendo favorável a resposta dos condes de Paris, o casamento de D. Carlos deixou de ser segredo de estado, e foi declarado oficialmente no dia 8 do citado mês e ano. A futura rainha de Portugal recebeu em Paris em 11 de Fevereiro as maiores provas de simpatia por parte da aristocracia francesa e dalgumas povoações de França.
No dia 15 de Maio realizou-se no palácio Galliera, da rua Varennes, em Paris, o baile de despedida, saindo a futura rainha de Portugal no dia 18, chegando a Lisboa a 19 às 5 horas da tarde. Foi uma verdadeira festa. O príncipe D. Carlos havia partido na véspera ao encontro da sua noiva, pernoitou na Pampilhosa, onde esperou o comboio em que vinha a princesa, com os seus pais, irmã e irmão, a princesa de Joinville, e todo o numeroso séquito que desde Paris a acompanhava. Depois de almoçarem na estação do caminho-de-ferro, seguiram no expresso para Lisboa, sendo em todas as estações saudados com entusiasmo. O comboio, como referido, chegou no dia 19 pelas 5 horas da tarde à estação de Santa Apolónia; onde os reais viajantes eram esperados por toda a família real, o duque de Aosta, a corte e o ministério. Dali seguiram todos em carros descobertos para o paço das Necessidades, que se destinara para a hospedagem dos condes de Paris no meio de grandes aclamações do povo que se aglomerava por todas as ruas daquele longo caminho.
A cerimónia do casamento realizou-se a 22 de Maio, vendo-se ornamentadas elegantemente todas as ruas por onde seguia o cortejo. Durante alguns dias houve pomposas festas: iluminações brilhantes, récitas de gala nos teatros de S. Carlos e de D. Maria, que se viam ricamente adornados, baile no paço da Ajuda, parada militar na Avenida da Liberdade, fogo de artifício, corridas de cavalos, tourada, dada pelo Turf Club, etc.
D. Amélia fundou a Assistência Nacional aos tuberculosos, instituição de que nasceram os Dispensários e interessou-se particularmente pela prosperidade desta obra. Mostrou sempre o maior interesse pela medicina, e pelos cuidados de enfermeira. Foi também muito dedicada às belas artes.
Em Junho de 1901 fez uma viagem à ilha da Madeira e aos Açores em companhia do rei Percorreram a Madeira e todas as ilhas dos Açores, sendo recebidos em toda a parte com o maior entusiasmo, organizando-se festas brilhantes em sua homenagem. Em 1903, por conselho dos médicos, fez uma viagem ao Oriente, a bordo do iate D. Amélia, levando em sua companhia os seus filhos, o príncipe D. Luís Filipe e o infante D. Manuel.
A tragédia de 1 de Fevereiro de 1908, em que foram assassinados o rei D. Carlos I e o príncipe D. Luís Filipe,lançou-a num profundo desgosto, do qual D. Amélia jamais se recuperou totalmente. Retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, não deixando porém de procurar apoiar, por todos os meios, o seu filho, o rei D. Manuel II, no período em que se assistiu ao degradar das instituições monárquicas. Encontrava-se justamente no Palácio da Pena, quando eclodiu a revolução de Outubro de 1910.
Após a proclamação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, D. Amélia seguiu o caminho do exílio com o resto da família real portuguesa para Londres, Inglaterra. Depois do casamento de D. Manuel II, com Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, a rainha passou a residir em Château de Bellevue, perto de Versalhes, em França. Em 1932, D. Manuel II morreu inesperadamente em Twickenham, o mesmo subúrbio londrino onde a sua mãe havia nascido.
No dia 25 de Outubro de 1951, a rainha Amélia faleceu na sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. O corpo da rainha foi então trasladado pela fragata Bartolomeu Dias para junto do marido e dos filhos, no panteão real dos Bragança, na Igreja de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora de sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa.
27 de Setembro de 1810: Batalha do Buçaco. Portugueses e ingleses enfrentam as forças de Napoleão.
Com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, em 1799, Portugal passa a ser visto como território estratégico para os interesses comerciais dos franceses sobre o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. Portugal, juntamente com a Espanha (já aliada à França) motivada por interesses que passariam pela repartição do reino português em unidades políticas futuramente sujeitas à dupla governação francesa e espanhola, teria de se juntar ao Bloqueio Continental decretado pela França contra o Reino Unido da Grã-Bretanha.
Deveria, para isso, fechar os seus portos à navegação britânica, declarar guerra aos ingleses, sequestrar os seus bens em Portugal e aprisionar todos os ingleses residentes. Ora, foram justamente estas as exigências apresentadas, em Julho de 1807, pelos representantes de França e de Espanha ao príncipe regente de Portugal e que, doravante, viriam a transformar o território português numa peça menor, embora ardilosa, na liça das ambições do imperador francês.
A Batalha do Buçaco (ou Bussaco, de acordo com a grafia de então), integrada na última das três invasões napoleónicas a Portugal (com início em Julho de 1810 e termo em Abril de 1811), foi uma das inúmeras batalhas travadas entre os exércitos francês e anglo-luso, no entanto, os antecedentes relativos à sua preparação, bem como as consequências de um só dia de confronto (27 de Setembro de 1810), elevam-na a um plano operacional de enorme conceito militar, não só pelo que ela representa nos seus termos mais objectivos – derrota das brigadas do comandante supremo Marechal André Masséna -, mas principalmente pelo que ela representou na preparação de um confronto seguinte que decidiria o enfraquecimento definitivo do invasor francês nas Linhas de Torres Vedras.
A frustração das derrotas da primeira e segunda invasões (entre 1807 e 1809), levou a que Napoleão Bonaparte nomeasse para comandante do novo «Exército de Portugal» o marechal André Masséna, um dos mais reputados marechais franceses. Foi justamente sob as ordens deste marechal, e com o maior exército dos que já tinham invadido Portugal (efectivo total de cerca de 65.050 homens) que se deram os confrontos no Buçaco entre o exército anglo-luso (organizado em Divisões, somava cerca de 61.452 homens) comandado pelo Tenente-General Arthur Wellesley, Visconde de Wellington e futuro duque de Wellington, e os Corpos das brigadas francesas, de entre os quais o 8º corpo militar organizado pelo experiente General Andoche Junot, Duque de Abrantes.
Para avançar sobre Portugal, foi necessário dominar a Praça Forte de Almeida afastando a Divisão Ligeira de Craufurd. O Combate do Côa, a 23 de Julho de 1810, foi o primeiro confronto em território português entre as forças de Wellesley e os franceses, terminando na retirada do Brigadeiro-General Robert Craufurd. A este último, e com o objectivo de chegar o mais rapidamente possível a Lisboa, seguir-se-ia Coimbra com passagem por uma excelente posição defensiva entre Penacova e Luso, isto é, o Buçaco. Ora, Masséna, depois do Cerco de Almeida, retomou a marcha a 15 de Setembro de 1810 rumo à íngreme Serra do Buçaco, com cerca de 15km de comprimento, onde já o aguardava, o General Wellesley.
Vindos de Mortágua para Coimbra, os franceses avançaram até ao Buçaco e aí se travou a batalha. Um resultado de cerca de 5000 baixas para os invasores e cerca de 1300 baixas para os aliados anglo-lusos, a Batalha do Buçaco passaria a significar um exemplo fulcral de tática defensiva em contexto militar. A retirada das brigadas francesas deixou para trás um campo de batalha devastado. A invasão, prosseguiria em direcção a sul, onde o invasor haveria de encontrar as Linhas (de Torres Vedras) que poriam um travão definitivo ao Marechal Masséna bem como à consistência militar dos exércitos desmoralizados de Napoleão Bonaparte.
A 24 de Setembro de 1834, morre D. Pedro IV, rei de Portugal e primeiro imperador do Brasil.
Monarca português, segundo filho varão de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, nasceu em Queluz em 12 de Outubro de 1798, onde faleceu em 24 de Setembro de 1834. Vigésimo sexto rei de Portugal (1826) e primeiro imperador do Brasil, ficou conhecido pelo cognome de “o Libertador”.
A morte precoce do seu irmão primogénito – D. António – acabaria por levá-lo ao trono português.
Na sequência da primeira invasão francesa, embarcou com a restante família real para o Brasil em 1807, chegando em Março ao Rio de Janeiro, cidade que se tornaria a verdadeira capital do império.
É no Brasil que D. Pedro passa uma parte da sua infância e juventude. É reconhecida, mesmo pelos seus coevos, a superficialidade da sua instrução, à qual acrescia um espírito impetuoso e enérgico; em última análise, estes são alguns dos factores que explicam a sua posição na independência do Brasil.
Em 1818 casa com a arquiduquesa D. Leopoldina, filha do imperador Francisco da Áustria, de cujo enlace nasceram D. Maria da Glória (1819), futura rainha de Portugal com o título de D. Maria II, e D. Pedro (1825), que sucederá ao pai como imperador do Brasil com o título de D. Pedro II. Enviuvou em 1826, voltando a casar três anos mais tarde com D. Maria de Beauharnais.
Em resposta à revolução de 1820, D. João VI decreta o regresso de D. Pedro a Portugal, onde as Cortes Constituintes iriam elaborar a Constituição do reino, mas esta decisão régia foi mal recebida no Brasil, pelo que o rei, em 1821, decide voltar à metrópole, deixando D. Pedro regente do Brasil.
D. Pedro lidera então o movimento independentista brasileiro, não tendo qualquer pejo em confrontar as forças fiéis ao poder da metrópole. Preocupadas com a evolução dos acontecimentos no Brasil na regência de D. Pedro, as Cortes determinam em 1821 o seu regresso a Portugal. É enviada uma frota ao Rio de Janeiro destinada a repatriar D. Pedro. O regente recusa-se a embarcar para a Europa.
Em 7 de Setembro de 1822, tomando conhecimento de despachos que recebera de Lisboa junto das margens do Rio Ipiranga, proclamou a independência do Brasil bradando o famoso grito do Ipiranga: “Independência ou morte”.
No dia 1 de Dezembro do mesmo ano é proclamado imperador e defensor perpétuo do Brasil.
Foi convocada a assembleia constituinte brasileira, que demonstrou ser demagógica e quase anárquica, pelo que o imperador acabou por demitir o ministério. Depois dissolveu o Parlamento e deportou para a Europa os deputados que se mostraram mais exaltados, entre os quais José Bonifáco de Andrade e Silva (Novembro de 1823). Esta atitude exalta os ânimos da população brasileira. Em resposta, D. Pedro nomeia um conselho de Estado para elaborar um projecto de Constituição que viria a ser de unânime agrado. Porém, D. Pedro nem sempre cumpre os preceitos constitucionais, o que, acrescentado ao facto de o reconhecimento da independência do Brasil por D. João VI vir acompanhado de um ónus de dois milhões de libras esterlinas e outras condições consideradas humilhantes pelos brasileiros, contribui para que seja posta em causa a sua boa aura junto do povo brasileiro.
Após a morte de D. João VI em 1826 e em cumprimento de determinações suas, D. Isabel Maria assume a regência do reino e designa D. Pedro rei de Portugal. D. Pedro começa por idealizar a junção das duas coroas mas depressa muda de ideias, outorgando aos portugueses a Carta Constitucional (1826) e abdicando a favor de sua filha D. Maria da Glória mediante duas condições: o casamento da rainha com o seu tio D. Miguel e o juramento da Carta Constitucional. Após a doação da Carta, a situação torna-se complicada nos dois reinos. Em Portugal, D. Miguel torna-se senhor de um trono absolutista (1827), faltando ao compromisso assumido com seu irmão, e no Brasil D. Pedro vê-se obrigado, após desentendimento com a Câmara, a abdicar em benefício de seu filho, D. Pedro II (1831).
D. Pedro parte então para a Europa com a sua filha, D. Maria II, rainha em título, por quem os liberais expatriados por D. Miguel se batiam. D. Pedro decide pôr-se à frente da causa liberal. Após conseguir os apoios financeiros necessários e organizar os liberais imigrados, chega aos Açores em 1832, onde assume a regência na qualidade de duque de Bragança, nomeia um Ministério composto por Mouzinho da Silveira, Marquês de Palmela e Agostinho José Freire (do qual se destaca o primeiro pela legislação que vai promulgando, que viria a alterar a estrutura jurídica e social do país), e prepara a expedição militar que colocará a sua filha no trono. Em Junho, parte para o Norte do país, vindo a desembarcar no Pampelido a 8 de Julho e seguindo depois para o Porto. As tropas chegam à cidade no dia seguinte e, ao contrário do que tinham inicialmente previsto, sofrem um longo e penoso cerco, dando-se início a uma guerra civil que se prolongaria até Maio de 1834 (Convenção de Évora-Monte), quando D. Miguel é expulso do país e entra em vigor a Carta Constitucional. As Cortes de Agosto de 1834 confirmam a regência de D. Pedro, que morre no mês seguinte, a 24 de Setembro, quatro dias após o início do reinado de D. Maria II.
D. Pedro já se encontrava com a saúde gravemente comprometida aquando da vitória liberal.
Enquanto Príncipe Real, e mesmo já depois de ser imperador do Brasil, ele tivera uma vida dissoluta, sendo provável que tantos abusos e exageros, resultantes também de uma educação defeituosa, se encarregassem de lhe ir minando os pulmões.
Em plena guerra civil, durante o cerco do Porto, não transpirou qualquer informação acerca da doença de D. Pedro. No entanto, é natural que ele, já enfermo, se sentisse muito pior, é também possível que a sua falta de saúde permanecesse escondida para não provocar o desânimo nas suas hostes e o fortalecimento moral do exército absolutista do seu irmão, D. Miguel. O enfermo instalou-se no palácio de Queluz, no mesmo quarto onde nascera, porque era ali que desejava despedir-se da vida.
D. Pedro doou o seu coração à cidade do Porto, (conservado na Igreja da Lapa). Com essa excepção, os seus restos mortais ficaram largos anos no Panteão de S. Vicente de Fora em Lisboa.
Em 1972, na comemoração do 150.º aniversário da independência, o seu corpo foi trasladado para o Brasil, a pedido do respectivo Governo, repousando no Monumento do Ipiranga, em São Paulo.
Porque razão o Rei espanhol se intitula Rei de Espanha e do Algarve?
Sabia que o Rei de Espanha também se intitula Rei do Algarve? Descubra os meandros da história de Portugal que levaram a esta curiosa designação.
Até ao fim da monarquia portuguesa, em 1910, o chefe de Estado no nosso país tinha o título de Rei de Portugal e dos Algarves, D’Aquém e D’Além Mar em África, etc.
Após o golpe de estado republicano, o reino de Portugal foi abolido, embora não o Reino dos Algarves, pelo que este estaria ainda presumivelmente na ordem constitucional atual.
Curiosamente, o Rei de Espanha usa ainda o título de Rei do Algarve. Mas por que razão? Para dar contexto, precisamos de enquadrar os acontecimentos com um pouco de história.
O Al-Gharb dos muçulmanos não correspondia exatamente ao Algarve de hoje, indo desde Coimbra (Kulūmriyya) até às fronteiras do atual Algarve, sendo que o território era um reino com capital em Silves (Xelb).
O Algarve islâmico atingiu um nível elevado de esplendor económico e cultural, que vinha já a crescer desde a época romana.
Durante mais de cinco séculos, de 711 a 1249, os cristãos tentaram conquistar território aos muçulmanos da região, criando-se para isso por vezes uma lenda negra. Mas a verdade é que conviviam diversas religiões sob o domínio muçulmano, incluindo a região cristã.
O nosso primeiro rei nunca chegou a pisar as terras do atual Algarve, cabendo ao seu filho, D. Sancho I, conquistar Silves em 1189, proclamando-se assim Rei de Silves e do Algarve. Acabou por perder novamente a cidade para os mouros em 1191, perdendo também o título.
Os reis seguintes cobiçavam os territórios mouros para poderem aumentar o seu território, mas a ordem de conquista devia ser dada pelos Papas.
Foram precisos 5 reis portugueses e a ajuda de Cruzados durante mais de um século para conquistar definitivamente a região.
Aliás, da conquista de Silves por Sancho I à conquista final de D. Afonso III em 1249 passaram 78 anos, até se conseguirem os territórios que hoje correspondem ao Algarve.
A última parte do território atual a ser conquistada aos mouros foram os enclaves de Faro, Albufeira, Aljezur e Loulé, que foram conquistados durante o reinado de D. Afonso III.
Para o fazer, realizou um acordo com os mouros: estes teriam a mesma lei em todos os assuntos, podiam ficar com o seu património e casas e o Rei iria defendê-los e ajudá-los contra outros povos.
Quem quisesse ir embora era livre de o fazer e de levar os seus bens. Os cavaleiros mouros que ficassem passariam a estar ao serviço do Rei, mas este devia tratá-los com honra e respeito.
Foi assim que Faro “caiu”, caindo um pouco mais tarde Loulé, Aljezur e Porches. No entanto, o processo de assimilação das cidades e região foi dificultado pelo reino de Castela, que alegava direitos de posse de feudos no território.
Afinal, o Rei de Leão e Castela cobiçava também este rico território. Como argumento, os espanhóis diziam que o Reino do Algarve lhes pertencia, já que o Rei do Al-Gharb, Musa ibn Mohammad ibn Nassir ibn Mahfuz, prestou vassalagem a Afonso X de Espanha.
D. Afonso III casou-se então com a filha do rei de Espanha, D. Beatriz (ou Brites) de Castela, criando assim um laço de aliança. Tudo acabou por se resolver com o Tratado de Badajoz, assinado a 16 de fevereiro de 1267, em que D. Afonso X de Castela cedeu os direitos do Algarve para Portugal e onde se estabeleceu o Guadiana como linha de fronteira natural entre os dois reinos.
Assim, Portugal ficou mais ou menos com a delimitação de fronteiras que atualmente tem, sendo por isso a nossa uma das nações com as fronteiras mais antigas do mundo. D. Dinis seria também eleito o herdeiro do trono do Algarve.
A este acordo sucedeu o Tratado de Alcanizes, assinado em 1297, onde se consolidaram as fronteiras entre Portugal e Leão, sendo assinado já por D. Dinis, sucessor de D. Afonso III. Neste tratado fixou-se a fronteira a norte do Tejo e ocorreram alguns acertos ao anterior Tratado de Badajoz.
A estratégia de D. Afonso III para conseguir a paz
Apesar de ser casado com Matilde II de Bolonha, em 1253 D. Afonso III casou com D. Beatriz, filha de D. Afonso X de Castela.
O Papa Alexandre IV, em resposta a uma queixa de D. Matilde, ordenou a separação do Rei e Rainha de Portugal, mas D. Afonso III tentou ganhar tempo, e tudo se resolveu com a morte de D. Matilde em 1258.
Por esta altura, já D. Dinis tinha nascido do casamento com D. Beatriz, tendo este sido legitimado em 1263.
O casamento com D. Beatriz acabou por servir o seu propósito de pôr termo à luta pelo Reino do Algarve, resultando também em mais riqueza para o reino, já que D. Beatriz, após a morte do pai, recebeu uma região a Este do Guadiana, onde se incluíam Moura, Serpa, Noudar, Mourão e Niebla. Esta dádiva foi dada à Rainha em virtude do apoio ao seu pai durante o seu exílio em Sevilha.
Tudo se resolve graças ao amor de um avô pelo seu neto
D. Dinis era assim neto materno de D. Afonso X de Leão e Castela. Tal como o avô, D. Dinis era poeta, o que constitui uma ligação a D. Afonso X, que tinha escrito vários livros, incrementado a cultura e até fundado a Escola de Tradutores de Toledo e um Observatório Astronómico.
Ao prescindir dos seus direitos sobre o Algarve, D. Afonso X favoreceu em muito Portugal e o seu neto, na altura com apenas 5 anos.
Diz-se que D. Dinis terá visitado o avô em Espanha quando era criança, e que este ficou tão impressionado com ele que decidiu abdicar do Algarve a seu favor.
Por uma questão de orgulho, no entanto, manteve o título de Rei do Algarve, ainda hoje em uso pelo atual rei de Espanha, Filipe VI. Como curiosidade, o Rei de Espanha usa também o título de Rei de Jerusalém.
SAR Dom Duarte Nuno, 23º Duque de Bragança, Pai de Dom Duarte Pio, nasceu no exílio da Família em Seebenstem, na Áustria, mas em terra diplomática portuguesa, em 23 de Setembro de 1907. Por renuncia de seu Pai, Dom Miguel II, recebeu a representação dos direitos políticos e dinásticos do ramo legitimista em 1920, com apenas 13 anos, tendo tido a tia, a Duquesa de Guimarães, como tutora política. Após o falecimento, em 1932, do deposto Rei Dom Manuel II, sem descendência, Dom Duarte Nuno foi reconhecido e aclamado Rei pela Causa Monárquica, passando a ser o Duque de Bragança, cujos bens perdeu em 1933, por um decreto, em que foi criada a Fundação da Casa de Bragança.
Em 1942, casou com Dona Maria Francisca de Orleães e Bragança, Princesa do Brasil da casa de Orléans e Bragança e bisneta de Pedro II, imperador do Brasil (1825-1891), e neta da última Princesa Imperial do Brasil, Dona Isabel de Orleans e Bragança e do príncipe Imperial consorte, Gastão de Orleans, Conde d’Eu.
Nasceu no Castelo d’Eu, em França, filha de S.A.R. Dom Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, príncipe do Grão-Pará e pretenso príncipe Imperial do Brasil, que renunciou aos seus direitos dinásticos para se casar com Srta. Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz, filha de Jan Vaclav II, Conde de Dobrzensky.
S.A.R. a Princesa Dona Maria Francisca Amélia Luísa Vitória Teresa Isabel Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança e Dobrzensky de Dobrzenicz veio a falecer em 15 de janeiro de 1968 na cidade de Lisboa, Portugal e foi sepultada no Convento das Chagas de Cristo, em Vila Viçosa, panteão dedicado às duquesas de Bragança.
A união do então chefe da Casa Real Portuguesa, neto do rei Dom Miguel, à princesa da Casa Real Brasileira, trineta do imperador Dom Pedro I do Brasil e D. Pedro IV de Portugal, representa a união de dois ramos da mesma família, separados há mais de um século, após uma cisão separatista entre absolutistas e liberais e uma terrível e sangrenta guerra civil, também conhecida na história como guerra liberal.
Por descendentes:
Duarte Pio de Bragança (Berna, 15 de maio de 1945) — casou-se em 13 de maio de 1995 com Isabel Curvelo de Herédia (1966). Com descendência. Reivindica a titularidade do Ducado de Bragança.
Miguel Rafael de Bragança (Berna, 3 de dezembro de 1946) — reivindica a titularidade do Ducado de Viseu.
Henrique Nuno de Bragança (Berna, 6 de novembro de 1949 – 14 de fevereiro de 2017) — reivindicava a titularidade do Ducado de Coimbra.
Carta Régia do Rei D. Dinis, datada de 1 de Fevereiro de 1317, nomeando o genovês Manuel Pessanha como primeiro Almirante do Reino.
A Marinha Portuguesa tem uma história bastante antiga, que se liga à própria história de Portugal. Durante o cerco de Lisboa em 1147 o primeiro rei de Portugal já dispunha de algumas galés que utilizou em batalha. Em 1180, também durante o reinado de D. Afonso Henriques, ao largo do Cabo Espichel, uma esquadra de 10 galés muçulmanas desembarcaram em São Martinho do Porto tentando surpreender a guarnição portuguesa perto de Porto de Mós. Foram derrotados por D. Fuas Roupinho com elevado número de baixas e captura do Almirante inimigo. D. Fuas depois de avisar o rei que se encontrava em Coimbra, viajou até Lisboa para reunir nove galés. Aproveitando as baixas sofridas pelos opositores capturaram de seguida, ao largo do Cabo Espichel, as embarcações da esquadra muçulmana em fuga.
É o Rei D. Dinis quem decide, pela primeira vez, inaugurar uma organização permanente da Marinha Real sendo nomeado o primeiro Almirante do Reino, o genovês Manuel Pessanha.
Em 1321, a Marinha portuguesa atacou com sucesso os portos muçulmanos do norte da África. Entre 1336 e 1341, realizam-se as primeiras tentativas de expansão marítima, com a expedição às Ilhas Canárias, com o patrocínio de D. Afonso IV. Em 1380 é criada a Companhia das Naus que funciona como uma companhia de seguros para os navios portugueses.
No contexto da Crise dinástica de 1383-1385, a Marinha Portuguesa teve participação ativa na guerra contra Castela. Uma campanha naval portuguesa conduzida na Galiza levou à conquista das cidades costeiras de Baiona, La Coruña e Neda, bem como à destruição da base naval de Ferrol e de vários navios que se encontravam a caminho para reforçar as forças castelhanas que se encontravam sitiando Lisboa. Em julho de 1384, a Marinha portuguesa conseguiu quebrar o cerco castelhano a Lisboa e abastecer a cidade, derrotando a Marinha castelhana na batalha naval do Tejo.
AFINAL FORAM OS PORTUGUESES A DESCOBRIR A AUSTRÁLIA
Há muito que a descoberta da Austrália por James Cook, levantava dúvidas aos historiadores. O historiador australiano, Peter Trickett, vem agora contrariar o que se ensinou nos últimos 237 anos: afinal foram os portugueses a descobrir a Austrália.
Embora a maioria dos historiadores sustente que a descoberta europeia da Austrália ocorreu em 1606 com a viagem do navegador neerlandês Willem Janszoon a bordo do Duyfken, foram avançadas numerosas teorias alternativas. A precedência da descoberta foi reclamada pela China, Portugal, França, Espanha e, até, para os Fenícios. Dessas teorias, uma das mais bem suportadas é a teoria da descoberta da Austrália pelos portugueses.
Segundo a agência de notícias Reuters, foi encontrado um novo mapa que prova que não foram os ingleses nem holandeses que descobriram a Austrália… mas antes navegadores portugueses! Este mapa do século XVI, com referências e informação pertinentes escrito em português, foi encontrado numa biblioteca de Los Angeles e prova que foram navegadores portugueses os primeiros europeus a descobrir a Austrália.
O mapa assinala com detalhe e acuidade, várias referências da costa Este Australiana, tudo relatado em português, provando que foi a frota de quatro barcos liderada pelo explorador “Cristóvão de Mendonça” quem efetivamente descobriu a Austrália no longínquo ano de 1522.
Peter Trickett acredita que o público irá ter grande interesse no assunto. “A tese da descoberta portuguesa da Austrália tem um bom acolhimento por parte do leitor comum. O mesmo não acontece no meio académico, que acha que não é possível e não pode ser verdadeira, apesar das provas apontadas”, disse Peter Trickett à Agência Lusa.
Segundo o historiador, terá sido o navegador Cristóvão Mendonça, por volta de 1522, o primeiro português a avistar as costas australianas, quando navegava na zona por ordem de D. Manuel I. Cristóvão Mendonça procurava a “ilha de Ouro” citada nos relatos de Marco Pólo.
Peter Trickett fundamentou esta sua afirmação em mapas de origem portuguesa que cartografaram parcialmente a Austrália já no século XVI, tendo-lhe atribuído o nome de “Terra de Java”.
Cristóvão Mendonça terá ancorado ao largo da atual Botany Bay, área que cartografou referindo as “montanhas de neve”, as dunas de areia branca que ali existiram até serem domadas pela relva de um campo de golfe, segundo declarações do autor.
O estudioso australiano menciona ainda os cerca de 150 topónimos australianos “de clara origem portuguesa” e questiona “que explicação se pode dar para tal?”.
Além dos mapas de origem portuguesa, Peter Trickett aponta o aparecimento em mares australianos de dois potes de cerâmica de estilo português. Um deles foi datado como sendo do ano 1500, o da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral, o outro aguarda datação. Na área arqueológica cita-se também a descoberta de um peso de pesca com 500 anos, em Fraser Island, no Estado australiano de Queensland.
A política de sigilo das monarquias ibéricas, designadamente dos reis D. João II e D. Manuel I, e que terá encoberto o conhecimento do Brasil, foi também praticada relativamente a esta “Terra de Java”, a Austrália atual, defende o historiador.
Tudo aponta para “uma clara antecipação da descoberta da Austrália pelos portugueses, a mando de D. Manuel I na busca da ilha de ouro”. Hoje, a Austrália é o terceiro maior produtor mundial de ouro.
Os meios académicos não aceitam esta tese, ao contrário do que aconteceu com a tese da primazia da descoberta Viking da América do Norte que, após provas arqueológicas apresentadas por Helge Ingsrad, é hoje amplamente aceite.
Para Peter Trickett, “a natureza humana é o que é, não aceita ter-se enganado ou dizer que errou, tanto mais quando se trata de académicos, com teses e trabalhos teóricos publicados sobre o assunto, a terem de admitir que erraram”.
Acresce a esta “negação da primazia lusa” o facto de Peter Trickett não ser um académico, vir do meio jornalístico e não universitário. “É certo que dizem que a tese é errada, insustentável, mas não fizeram até hoje qualquer crítica séria do ponto de vista científico. Penso que acham que a minha tese é difícil de combater e preferem não dizer nada de concreto”, sublinhou.
O estudioso afirmou à Lusa que continua a investigar o assunto e que o seu editor projeta editar a obra em Espanha e na Holanda, onde há uma tese que refere que navegadores holandeses terão também avistado costas australianas antes de Cook.
Para Peter Trickett, porém, foram os navegadores portugueses que “exploraram e cartografaram efetivamente as costas australianas, bem como parte substancial das da vizinha Nova Zelândia”, com base quer nos mapas, quer nos primeiros achados arqueológicos em meio marítimo.
Fontes:
ncultura.pt – Afinal foram os portugueses a descobrir a Austrália Peter Trickett – Os Portugueses descobriram a Austrália