26 de Julho de 1396 – O Infante D. Afonso, filho bastardo de D. João I, é armado cavaleiro pelo rei na cidade de Tui

26 de Julho de 1396 – O Infante D. Afonso, filho bastardo de D. João I, é armado cavaleiro pelo rei na cidade de Tui.

Assim se escreve na segunda parte da Crónica de D. João I, capítulo CLXXIV, que trata de “Como el-rei combateu Tuy, e tomou a cidade por preitezia”. Segundo Fernão Lopes, “João Gomez da Silva, que era alferes, subiu pela escala com a bandeira d’el-rei tendida, e muitos com elle, todos armados com lanças na mão e bacinetes postos, e assim entrou a bandeira muito acompanhada por cima do muro, com muitas trombetas e pipias, e outras alegrias. E ao pé da escala ante que a bandeira fosse, fez el-rei cavaleiro seu filho D. Afonso”. Irá mais tarde casá-lo com D. Beatriz, filha do condestável D. Nuno Álvares Pereira. D. Afonso foi Conde de Barcelos e de Ourém e o primeiro Duque de Bragança. Veio a falecer em Chaves, sendo sepultado então na igreja de Santa Maria Maior e daí transladado para a de N.ª Sra. do Rosário do Convento de S. Francisco da mesma cidade, de onde veio então para Vila Viçosa.

Na imagem, a estátua que foi erguida, em Chaves, na Praça Camões, a D. Afonso.

14 de Julho de 1123 – Foral do Porto.

14 de Julho de 1123 – Foral do Porto.

Foi há 900 anos que o Porto teve carta de Foral, dada pelo seu bispo, D. Hugo, aos homens que habitem ou vierem a habitar o burgo do Porto. Com este foral é já assegurada uma certa “autonomia” para os portuenses. Trata-se de um importante documento que marcou a cidade e a sua gente.

Na imagem, a primeira página da tradução do Foral que foi publicado na cidade do Porto, em latim e português, pela Tipografia de Viúva Alvarez Ribeiro e Filhos, em 1822.

12 de julho 1505 – A bula “Eximiae devotionis affectus”, concedia licença ao rei D. Manuel I para edificar um Convento da Ordem de Cristo

12 de julho 1505 – A bula “Eximiae devotionis affectus” do papa Júlio II, concedia licença ao rei D. Manuel I para edificar um Convento da Ordem de Cristo, feminino no qual, à semelhança do que acontecia com os cavaleiros da Ordem de Cristo (e Avis), estas pudessem casar.

In Arquivo Nacional Torre do Tombo, Gavetas, Gav. 7, mç. 3, n.º 33.

11 de Julho de 1594 – Primeira representação no Pátio de Comédia da Betesga, à Mouraria, em que se introduziu a música com a declamação

11 de Julho de 1594 – Primeira representação no Pátio de Comédia da Betesga, à Mouraria, junto ao Real Hospital de Todos os Santos, em que se introduziu a música com a declamação.

Passam hoje 429 anos. Os pátios das comédias eram locais públicos com uma assistência que pagava para ver representar peças teatrais, quer em português, quer em castelhano. O Pátio de Comédia da Betesga também dava pelo nome de Pátio da Mouraria.

Na imagem, pormenor de uma pintura a óleo do século XVII de um pátio de comédias, do acervo do Museu da Cidade de Lisboa.

5 de Julho de 1852 – Aprovação do Primeiro Acto Adicional à Carta Constitucional.

5 de Julho de 1852 – Aprovação do Primeiro Acto Adicional à Carta Constitucional.

Decretado pelas cortes gerais e sancionado por D. Maria II, consta de 16 artigos e foi subscrito pelos ministros Duque de Saldanha, Rodrigo da Fonseca Magalhães, António Luís Seabra, Fontes Pereira de Melo, Almeida Garrett e António Aloísio Jervis de Atouguia. O sentido geral deste 1.º Acto Adicional é o de aumentar a representatividade dos deputados pela instituição do sufrágio directo.

Na imagem, nota de 1.000$00 com a figura de D. Maria II.

4 de Julho de 1780 – Inauguração da Academia Real das Ciências.

4 de Julho de 1780 – Inauguração da Academia Real das Ciências.

Passam hoje 243 anos sobre o dia em que o Padre Teodoro de Almeida fez a sua Oração de Abertura na Academia das Ciências de Lisboa, onde explicava os propósitos daquela ilustre academia:

“Nesta corporação, Senhores, não há de haver membro inútil (…) Huns preparão as notícias, outros desenterrão monumentos, outros examinão os livros, confrontão ediçoens, consultão os originais: Aqui huns descobrem manuscritos, que outros illustrarão com notas: ali outros os traduzem com gosto, outros os publicão com elegância. Lá estarão aquelles observando os mineraes, as águas, as plantas, numa palavra a Natureza. Quando da outra parte estão outros tentando experiencias, fazendo observaçoens, imaginando projectos. Aqui se formão e aperfeiçoão os já conhecidos; acolá se verão outros trabalhando com incansável aplicação nas Mathematicas e no Calculo; outros fazendo fáceis as doutrinas mais espinhosas, e diffíceis, semeando na mocidade o gosto, a critica, o desejo de estudar e saber”.

Na imagem, retrato do padre Teodoro de Almeida da Congregação do Oratório (ANTT).

3 de Julho de 1827 – D. Miguel é nomeado lugar-tenente e regente do Reino por D. Pedro

3 de Julho de 1827 – D. Miguel é nomeado lugar-tenente e regente do Reino por D. Pedro, durante a menoridade de sua filha, com o obectivo deste governar e reger Portugal em conformidade com a Carta Constitucional.

Na imagem, o Decreto de nomeação, de 3 de Julho de 1827, publicado no n.º 240 da Gazeta de Lisboa, de 10 de Outubro de 1827.

24 de Junho de 1622 – Grande vitória portuguesa na Batalha de Macau, travada em 1622 entre a guarnição portuguesa de Macau e o exército holandês.

24 de Junho de 1622 – Grande vitória portuguesa na Batalha de Macau, travada em 1622 entre a guarnição portuguesa de Macau e o exército holandês.

A armada holandesa surgiu ao largo de Macau, no dia 21 de junho de 1622. O primeiro desembarque teve lugar no dia 22 e destinou-se a fazer o reconhecimento do terreno.

O ataque direto ocorreu apenas no dia 24, com o bombardeamento dos baluartes de Macau e o desembarque de cerca de 800 soldados.

Os portugueses saíram vitoriosos. Os invasores recuaram e retiraram-se para os navios, deixando mais de uma centena de mortos.

Na imagem, gravura da Batalha de Macau onde ser pode ver os barcos holandeses a disparar os seus canhões em águas macaenses (desenho de 1665).

23 de Junho de 1509 – Fundação do Convento da Madre de Deus, pela rainha D. Leonor.

23 de Junho de 1509 – Fundação do Convento da Madre de Deus, pela rainha D. Leonor.

Passam hoje 514 anos do dia em que, segundo Frei Rodrigo de São Tiago, a igreja começou a ser construída, tendo sido sagrada pelo bispo de Lisboa, D. Martinho da Costa. Um ano antes, a rainha D. Leonor tinha conseguido, do papa Júlio II, autorização para a sua fundação. Actualmente alberga o Museu Nacional do Azulejo.

Na imagem, gravura do Convento da Madre de Deus.