10 DE AGOSTO DE 1511 – AFONSO DE ALBUQUERQUE CONQUISTA MALACA

AFONSO DE ALBUQUERQUE CONQUISTA MALACA EM 1511

Em 1509 o governo da Índia foi confiado a Afonso de Albuquerque, que procurou ir mais além da actuação do seu antecessor, o Vice-Rei D. Francisco de Almeida, isto é, tentou assegurar para a coroa portuguesa o monopólio do comércio das especiarias.

Em abril de 1511, Afonso de Albuquerque zarpou de Goa para Malaca com uma força de cerca de 1 200 homens e 17 ou 18 navios. Malaca tornou-se uma base estratégica para a expansão portuguesa nas Índias Orientais, subordinada ao Estado Português da Índia.

A cidade portuária de Malaca controlava o estratégico estreito de Malaca, por onde todo o comércio de alto-mar entre a China e a Índia estava concentrado. A captura de Malaca foi o resultado de um plano do rei de Portugal D. Manuel I, que em 1505 havia resolvido impedir o comércio muçulmano no Oceano Índico, através da captura de Ádem, a fim de bloquear o comércio através de Alexandria, a captura de Ormuz, a fim de bloquear o comércio através de Beirute, e Malaca para controlar o comércio com a China.

A conquista de Malaca por Afonso de Albuquerque em 10 de agosto de 1511, garantiu aos portugueses o controlo das importantes trocas comerciais que aí se desenvolviam entre Oriente e Ocidente. Da fortaleza inicialmente erguida resta somente a “Porta de Santiago”.

Malaca, ou “Melaka” em malaio, foi uma base importante para a expansão portuguesa nas Indias Orientais no século XVI.

Não só em termos comerciais mas também da fé católica e, apesar das ocupações holandesa e inglesa, que destruíram grande parte dos vestígios da presença lusitana, ainda recentemente se descobriram novos segmentos da fortaleza a que Afonso de Albuquerque chamou “A Famosa”.

Em ruínas, mas visível também, encontra-se a Igreja de São Paulo, e na cidade passeia-se por ruas com nome português. O culto de Fátima é outra herança da passagem portuguesa por uma cultura maioritariamente muçulmana.

Mesmo depois de os contactos com Portugal cessarem em 1641, a comunidade cristang preservou as suas tradições, religião e língua, mantendo surpreendentes semelhanças culturais e linguísticas com Portugal. A comunidade “cristang” é uma pequena comunidade de Malaca, na Malásia com origem em antepassados portugueses que remonta aos descobrimentos. A comunidade cristang fala a língua cristang, um crioulo de base portuguesa, sendo que “cristang” significa “cristão” nesta língua.

Em 2008 foi declarada Património Mundial pela UNESCO. Da presença portuguesa na cidade sobrevivem a Igreja de São Paulo e a Porta de Santiago da Fortaleza de Malaca, conhecida como “A Famosa”.

1- Ruínas da Igreja de S.Paulo, de Malaca, e estátua de S. Francisco Xavier

2- Ruínas da Igreja de S. Paulo, de Malaca, sendo visíveis encostadas na vertical junto às paredes várias pedras tumulares

3- Porta de Santiago da Fortaleza de Malaca, conhecida como “A Famosa”.

4- Afonso de Albuquerque (Alhandra, dezembro de 1452 — Goa, Estado Português da Índia, 16 de Dezembro de 1515)