A 15 de Novembro de 1889, nasce D. Manuel II, o último rei de Portugal

A 15 de Novembro de 1889, nasce D. Manuel II, o último rei de Portugal

D. Manuel II (Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Grabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gotha), segundo filho do rei D. Carlos e de D. Amélia de Orleães, nasceu em Lisboa, em 15 de Novembro de 1889, e morreu em Twickenham, Inglaterra, em 2 de Julho de 1932.

Trigésimo quarto e último rei de Portugal (1908-1910), ficou conhecido pelo cognome de “o Desventuroso”.

D. Manuel II foi aclamado rei a 6 de Maio de 1908. Casou em Setembro de 1913 com a sua prima D. Vitória Augusta de Hohenzollern-Sigmaringen, não tendo deixado descendência.

Reunido o Conselho de Estado após o Regicídio que vitimou seu pai e seu irmão mais velho, a ele compareceu D. Manuel, constituindo-se um “ministério de acalmação”, de concentração partidária, com excepção de João Franco e seus adeptos.

Soltaram-se os presos políticos e revogaram-se alguns decretos da ditadura franquista. Mas a propaganda republicana recomeçaram. D. Manuel, porém, iniciou uma viagem pelo reino e, por onde passava, era sempre bem recebido.

No seu reinado teve de enfrentar duas graves questões: a questão Hinton e a do Crédito Predial. No primeiro caso, um grande industrial inglês, residente na Madeira, reclama uma indemnização do Estado Português em virtude de uma suposta revogação do monopólio do açúcar, a qual, em virtude da pressão diplomática da Inglaterra, viria a ser concedida. A questão do Crédito Predial deve-se a um desfalque naquela instituição por negligência de importantes figuras do regime.

Em Agosto de 1910, realizam-se eleições. A 3 de Outubro rebenta uma insurreição republicana em Lisboa que viria a triunfar no dia 5 de Outubro. Em consequência, o último monarca português saiu do Palácio das Necessidades, foi para Mafra e daí para a Ericeira, onde embarcaria para o exílio em Inglaterra.