17 de Novembro de 1653, faleceu no Paço da Ribeira a princesa D. Joana, filha de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão.
D. Joana foi a terceira filha do casal e recebeu o título de Princesa da Beira, criado pelo seu pai para a filha mais velha do rei.
Faleceu aos 17 anos, vítima de doença, sendo inicialmente sepultada no Mosteiro dos Jerónimos e mais tarde trasladada para o Panteão Real da Dinastia de Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde jaz atualmente.
A 15 de Novembro de 1889, nasce D. Manuel II, o último rei de Portugal
D. Manuel II (Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Grabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gotha), segundo filho do rei D. Carlos e de D. Amélia de Orleães, nasceu em Lisboa, em 15 de Novembro de 1889, e morreu em Twickenham, Inglaterra, em 2 de Julho de 1932.
Trigésimo quarto e último rei de Portugal (1908-1910), ficou conhecido pelo cognome de “o Desventuroso”.
D. Manuel II foi aclamado rei a 6 de Maio de 1908. Casou em Setembro de 1913 com a sua prima D. Vitória Augusta de Hohenzollern-Sigmaringen, não tendo deixado descendência.
Reunido o Conselho de Estado após o Regicídio que vitimou seu pai e seu irmão mais velho, a ele compareceu D. Manuel, constituindo-se um “ministério de acalmação”, de concentração partidária, com excepção de João Franco e seus adeptos.
Soltaram-se os presos políticos e revogaram-se alguns decretos da ditadura franquista. Mas a propaganda republicana recomeçaram. D. Manuel, porém, iniciou uma viagem pelo reino e, por onde passava, era sempre bem recebido.
No seu reinado teve de enfrentar duas graves questões: a questão Hinton e a do Crédito Predial. No primeiro caso, um grande industrial inglês, residente na Madeira, reclama uma indemnização do Estado Português em virtude de uma suposta revogação do monopólio do açúcar, a qual, em virtude da pressão diplomática da Inglaterra, viria a ser concedida. A questão do Crédito Predial deve-se a um desfalque naquela instituição por negligência de importantes figuras do regime.
Em Agosto de 1910, realizam-se eleições. A 3 de Outubro rebenta uma insurreição republicana em Lisboa que viria a triunfar no dia 5 de Outubro. Em consequência, o último monarca português saiu do Palácio das Necessidades, foi para Mafra e daí para a Ericeira, onde embarcaria para o exílio em Inglaterra.
16 de Novembro de 1853 – Começa a regência de D. Fernando II, na menoridade do filho, D. Pedro V.
Foi após a morte da rainha D. Maria II, que ocorreu no dia 15, aos 34 anos, no seu 11.º parto, que D. Fernando assumiu a regência enquanto o príncipe herdeiro D. Pedro não atingisse a maioridade.
Ao deixar a regência, que durou dois anos, D. Fernando afirmou no seu discurso de despedida que sempre fizera respeitar o sistema representativo, fazendo votos para que no novo reinado se consolidassem as instituições livres e a riqueza pública.
Na imagem, retrato do Rei D. Fernando II, da autoria de Francisco José de Resende (1859)
No dia 15 de Novembro de 1853 faleceu D. Maria II, a filha mais velha de D. Pedro IV e de D. Maria Leopoldina de Áustria.
Cognominada de “a Educadora” e “a Boa Mãe”, teve inicialmente o seu reinado interrompido pela insurreição absolutista liderada pelo seu tio e noivo D. Miguel.
Mais tarde, em 1834 recupera o seu trono, governando durante um dos períodos mais conturbados da História de Portugal do ponto de vista político e social, marcado por diversas revoltas políticas, militares e populares, como por exemplo a da Maria da Fonte.
D. Maria II acaba por falecer durante o parto do seu 11º filho, com apenas 34 anos de idade, sendo realizado o seu cortejo fúnebre na Igreja de São Vicente de Fora.
Jaz atualmente no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora.
📸 Retrato de D. Maria II (1952) e gravura do cortejo fúnebre de D. Maria II por Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1854).
Neste Dia, no ano de 1866, faleceu em Wertheim, Alemanha, D. Miguel rei de Portugal de 1828 a 1834.
Após o triunfo do liberalismo em Portugal, D. Miguel havia partido para o exílio com a execução da Lei do Banimento em 1834, tendo vivido primeiro em Itália, posteriormente Grã-Bretanha e Alemanha.
Apenas no ano de 1967 é que os seus restos mortais foram trasladados para Portugal, para o Panteão Real da Dinastia de Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde ainda hoje repousam.
Foi o último membro da Dinastia de Bragança a ser trasladado para o Panteão.
A 13 de Novembro de 1460, morre o Infante D. Henrique, “O Navegador”
Filho do rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre, o infante D. Henrique nasceu na cidade do Porto em 1394, vindo a falecer em 1460. Ficou conhecido por o Navegador, mas foi-o de terra firme. O seu epíteto advém da forma como protegeu e instigou as primeiras viagens expansionistas, ficando para sempre ligado a este glorioso período da História de Portugal, sendo decisiva a sua acção no Norte de África e no Atlântico. A sua obra já era de então conhecida na Europa, como atesta uma carta escrita pelo sábio italiano Poggio Bracciolini ao Infante, em 1448-1449. O letrado italiano compara os seus feitos aos de Alexandre, o Grande, ou aos de Júlio César, enaltecendo-os ainda mais por serem conquistas de locais desconhecidos de toda a Humanidade.
12 de Novembro de 1281 – Procuração de D. Dinis passada, na Vila de Estremoz, a Vasco Pires, João Velho e João Martins para contraírem, em seu nome, casamento com D. Isabel por palavras de presente.
A rainha D. Isabel chega a Portugal, sendo recebida em Trancoso a 24 de Junho de 1282.
Na imagem, conjunto escultórico com as estátuas do Rei D. Dinis e da Rainha Santa Isabel erguido junto ao Pinhal de Leiria, à entrada de São Pedro de Moel.
11 de Novembro de 1861: Morre D. Pedro V, “O Esperançoso”
Filho primogénito de D. Maria II e de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, nasceu em Lisboa em 16 de setembro de 1837 e aí também morreu em 11 de novembro de 1861, contando pouco mais de vinte e quatro anos.
Trigésimo primeiro rei de Portugal, ficou conhecido pelo cognome de “o Esperançoso”. Sucede ao trono de Portugal, pelo falecimento de sua mãe, que morre com apenas 34 anos de idade, em 15 de novembro de 1853.
D. Fernando II governa o reino na qualidade de regente durante a menoridade de D. Pedro V. D. Pedro aproveita os dois anos da regência de seu pai para viajar pela Europa com o seu irmão D. Luís, visitando, entre outros países, a Inglaterra, a Bélgica, a Alemanha e a Áustria.
Em 16 de setembro de 1855, ao completar 18 anos, é aclamado rei e presta juramento perante as Cortes Gerais, dedicando-se desde logo com total devoção aos negócios públicos.
Casou em 29 de abril de 1858 com D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que viria a morrer em julho de 1859.
Quando D. Pedro inicia o seu reinado, governava ainda o ministério de Saldanha saído da Regeneração de 1851. Sobressai neste ministério Fontes Pereira de Melo, titular da pasta das Obras Públicas, famoso pelo impulso que deu aos caminhos de ferro em Portugal.
Apesar de atormentado por constantes dificuldades, quer na vida pública quer na privada (as epidemias de cólera-morbo e de febre amarela, as grandes inundações, a morte da rainha), D. Pedro consegue dar uma certa estabilidade à vida política portuguesa. O monarca viajou pelo país, interessando-se por quaisquer assuntos que visassem o seu desenvolvimento, como sejam a introdução do caminho de ferro, o sistema métrico, as estradas, etc.
Foi também durante o seu reinado que se sucederam desagradáveis acontecimentos: a questão de “Charles et Georges” (aprisionamento por parte das autoridades portuguesas de Moçambique, em novembro de 1857, da barca francesa com aquele nome, empregue no tráfico de escravos provenientes da colónia, tráfico esse proibido no império português) e a consequente divergência com a França, diferendos com a Inglaterra pelos domínios em África e com a Santa Sé.
À margem da função régia, foi um homem de superior inteligência e de excecional cultura, fruto também do excelente trabalho de educadora desempenhado por sua mãe.
Da sua cultura são testemunhos os seus escritos em dois volumes: Diário (durante as viagens que fez na Europa), e os artigos que escreveu para duas revistas (a Militar e a Contemporânea). Deve-se-lhe, a par de outras iniciativas culturais, a criação do Curso Superior de Letras em 1859 e do Observatório da Ajuda.
9 de Novembro de 1795 – Lançamento da primeira pedra do Palácio da Ajuda.
Passam hoje 227 anos sobre o início desta construção que passou por várias peripécias, tendo sido obrigada a parar em várias ocasiões (problemas financeiros, as Invasões Francesas e, em 1807, a partida da Corte para o Brasil).
O próprio projecto, inicialmente inteiramente barroco, do arquitecto Manuel Caetano de Sousa, vai sofrer alterações, passando a neoclássico, com a intervenção dos arquitectos Francisco Xavier Fabri (1761-1817) e José da Costa e Silva, e contará com a colaboração de importantes artistas nacionais, ou ao serviço de Portugal, como Domingos Sequeira, Arcangelo Foschini, Cirilo Wolkmar Machado, Machado de Castro e João José de Aguiar.
Na imagem, o Palácio da Ajuda em meados do século XIX.
8 de Novembro de 1893: Dom Miguel Januário, Duque de Bragança, casa com sua prima, a Princesa Dona Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Deste casamento nasceram 7 filhas e um filho varão, Dom Duarte Nuno, pai do actual Duque de Bragança:
Dom Miguel, de seu nome Miguel Januário de Bragança, 22º Duque de Bragança, * Castelo de Kleinheubach, 19.09.1853 – † Austria, Seebenstein, 11.10.1927, era filho de Dom Miguel I, Rei de Portugal (1802 – †1866) e de Adelaide, Princesa de Löwenstein-Wertheim-Rochefort (1831 – †1909); Neto paterno de Dom João VI, Rei de Portugal (1767 – †1826) e de Dona Carlota Joaquina de Bourbon, Infanta de Espanha (1775 – †1830) e neto materno de Constantin, Príncipe herdeiro de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg (1802 – †1838) e de Inês, Princesa de Hohenlohe-Langenburg (1804 – †1835).
Dom Miguel Januário de Bragança, foi o único filho varão do Rei Dom Miguel I e de sua esposa, Dona Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Foi um pretendente ao trono português do ramo Miguelista.
Nascido em 19 de Setembro de 1853, no Castelo de Kleinheubach, na Baviera, Alemanha. Estudou no Colégio de São Clemente, em Metz e frequentou a Universidade de Innsbruck, no Tirol, na época Império Austro-Húngaro, actual Áustria. Foi nomeado alferes do décimo quarto Regimento de Dragões, tomando parte na campanha de ocupação da Bósnia.
Após a morte do seu pai, em 1866 e das pretensões das suas duas meias-irmãs legitimadas pelo seu pai Dom Miguel I e nascidas durante o período do seu reinado efectivo, Dona Maria Assunção de Bragança e Dona Maria de Jesus de Bragança, denominou-se, então, como “o único herdeiro” na pretensão ao trono de Portugal pelo ramo Miguelista, afirmou-se também como alegado defensor da monarquia tradicional e ainda como opositor ao regime monárquico constitucional que estava em vigor. Foi pretendente ao trono ainda durante os reinados de Dom Luís I, de Dom Carlos I e de Dom Manuel II de Portugal, mas sem nunca ter conseguido alcançar o trono que foi ocupado pelos reis da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota.
Foi agraciado em 1890, pelo imperador Francisco José I da Áustria, com o privilégio da extra-territorialidade.
Desde a Convenção de Evoramonte em 1834 e a vitória dos exércitos da Quadrupla Aliança, apoiantes de Dom Pedro IV, os descendentes do Rei Dom Miguel de Bragança encontravam-se interditos de pisarem o território nacional pela Carta de Lei de 19 de Dezembro de 1834, a “Lei do Banimento”.
Para os partidários de Dom Miguel, a exclusão da posição sucessória ficou revogada em 1842 com a reposição da Carta Constitucional de 1826.
Em 1912, Dom Miguel Januário de Bragança negociou o Pacto de Dover com o rei Dom Manuel II, abrindo caminho à resolução definitiva de uma questão dinástica que depois de 1834, vinha dilacerando a causa da monarquia em Portugal. Para reforçar o Pacto de Dover, foi celebrado a 17 de Abril de 1922, o Pacto de Paris, entre o rei Dom Manuel II de Portugal e Dona Aldegundes de Bragança, condessa de Bardi, representante de seu sobrinho do ramo de Dom Miguel, o pretendente Dom Duarte Nuno de Bragança, ambos no exílio, e firmado através dos respectivos procuradores. Estes foram, por parte da condessa de Bardi, o conde de Almada e Avranches, D. Lourenço de Jesus Maria José Vaz de Almada e pela facção constitucionalista o Tenente-Coronel Aires de Ornelas e Vasconcelos, lugar-tenente do rei Dom Manuel II.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Dom Miguel Januário integrou o exército austríaco, do qual se retirou quando Portugal entrou no conflito em 1916. Quando efectivamente se retirou das fileiras do exército austríaco, abdicou em favor do seu filho mais novo, Dom Duarte Nuno de Bragança, em Bronnbach, a 30 de Julho de 1920, a pedido de uma comissão de monárquicos representantes do ramo Miguelista e da Junta Central do Integralismo Lusitano.
Veio a falecer em Seebenstein, na Áustria, em 11 de Outubro de 1927.
Casamento e descendência:
Do matrimónio com Dona Isabel de Thurn e Taxis, teve os seguintes filhos:
Dom Miguel Maria Maximiliano de Bragança (1878–1923), pretendente ao título de Duque de Viseu, foi obrigado a renunciar às pretensões dinásticas por ter-se casado com a cidadã americana Anita Stewart Morris.
Dom Francisco José de Bragança (1879–1919), pretendente ao título de Infante de Portugal, renunciou às suas pretensões.
Dona Maria Teresa de Bragança (1881–1945), pretendente ao título de Infanta de Portugal, casada com Karl Ludwig de Thurn und Taxis.
Do matrimónio em segundas núpcias, com Dona Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, teve os seguintes filhos:
Dona Isabel Maria de Bragança (1894–1970).
Dona Maria Benedita de Bragança (1896–1971).
Dona Mafalda de Bragança (1898–1918).
Dona Maria Ana de Bragança (1899–1971), casada com Carlos Augusto de Thurn e Taxis.
Dona Maria Antónia de Bragança (1903–1973), casada com Sidney Ashley Chanler.
Dona Filipa de Bragança (1905–1990).
Dom Duarte Nuno de Bragança (1907–1976), Duque de Bragança e aclamado Rei, na cidade do Porto, pelo movimento monárquico que foi denominado de “Monarquia do Norte”.
Dona Maria Adelaide de Bragança (1912–2012), casada com o médico Nicolaas Johannes Maria van Uden.
Tendo Dom Miguel Maria Maximiliano de Bragança renunciado por ter-se casado com uma cidadã americana e tendo também Dom Francisco José de Bragança renunciado, as pretensões recaíram em favor de seu irmão, Dom Duarte Nuno.
Títulos de Dom Miguel Januário de Bragança, durante a sua vida:
Infante de Portugal
Príncipe Real de Portugal
Duque de Bragança
Duque de Barcelos
Marquês de Vila Viçosa
Conde de Arraiolos
Conde de Barcelos
Conde de Neiva
Conde de Ourém
Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro-Áustria
Cronologia Geneall:
08.11.1893 Dom Miguel Januário, Duque de Bragança, casa com a Princesa Dona Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Deste casamento nasceram 7 filhas e um filho varão, Dom Duarte Nuno, pai do actual Duque de Bragança.
31.07.1920 O Duque de Bragança, Dom Miguel Januário abdica dos seus direitos dinásticos a favor de seu filho Dom Duarte Nuno, pouco depois reconhecido e declarado herdeiro do trono português pelos monárquicos legitimistas.
(Fontes: Investigação de António Carlos Janes Monteiro, GeneAll e Wikipédia)